24.8.16

Capítulo Cinquenta




Sem responder, Demi ficou na ponta dos pés e o beijou. Sua língua buscou a dele, abrindo caminho de leve na boca de Joe, que retribuiu o beijo de modo hesitante. Demi pôs as mãos no peito dele e o empurrou para a cama.
— Que Deus tenha piedade de você, Joseph Jonas, se deixar um bilhete de agradecimento depois desta noite! Porque vou atrás e mato você! Joe jogou a cabeça para trás e riu.
— Isso quer dizer que você me ama?
— Não. Isso quer dizer que uma mulher desprezada não é uma visão muito bonita.
— Ah. — Ele pareceu desapontado.
— Mas — ela deu de ombros — já que está na hora das confissões... — Demi deixou o restante das roupas caírem no chão e deu um passo à frente — ... posso dizer que amo você desde a primeira vez que o vi.
— Você começou a me amar quando eu tinha 7 anos e me escondi no armário dos meus pais, porque estava com medo dos fogos de artifício de 4 de julho?
— Você era loiro — comentou Demi, relembrando em voz alta. — Agora, seu cabelo é escuro, mas, quando era pequeno, você era bem loirinho. Eu me lembro de pensar que queria tocar em seu cabelo, que era tão bonito...
Joe sorriu, sem dizer nem mesmo uma palavra, e a absorveu com os olhos.
— Queria que meu primeiro beijo tivesse sido com você — admitiu Demi, então avançou de quatro pela cama e pôs uma perna de cada lado do corpo dele.
Joe se inclinou para a frente e sussurrou, junto à boca de Demi: — Que tal o último beijo ser comigo?
— Do que você...
— Eu amo você... estou apaixonado por você. — Joe segurou o rosto dela. — Quero tudo com você, quero você inteira...
Joe a tomou em um beijo fervoroso e passou os dedos por seus quadris, puxando-a mais para perto. Os lábios dele deixaram uma trilha que pegava fogo em seu pescoço enquanto Joe tocava seu corpo de olhos fechados. Devagar, ele correu as mãos até suas pernas e depois subiu de volta, até envolver seus seios. Umedecendo os lábios, ele tirou as mãos e se afastou.
— Joe?
— Não quero que seja assim. — Ele foi até o interruptor e acendeu as luzes. Demi fez menção de cobrir o corpo. — Não faça isso. — Joe balançou a cabeça. — Quero ver você. Quero que dessa vez... — ele observou os lábios de Demi — … preciso que dessa vez seja diferente.
— Joe...
— Demi, você não é só uma marca na minha cabeceira, como você diz — explicou Joe. — Você não é só mais uma. Isso que vamos compartilhar não é uma noite de bebedeira. Não é mais uma das minhas noites de galinhagem. Não tenho nada a oferecer, a não ser a mim mesmo, e não quero nada em troca, além de cada pedaço do seu coração.
Demi concordou com a cabeça, devagar.
— Diga — pediu ele, rouco.
— Você o tem — sussurrou Demi.
— O que eu tenho? — Ele andou devagar até a cama.
— Meu coração. — Demi se apoiou nos joelhos. — A mim, você me tem inteira, cada pedaço. Quero que você possua tudo.
Ele foi até ela e então fechou os olhos.
— Eu juro que nunca vou deixar escapar.
— Quando foi que você ficou tão romântico?
— Não sei. — Ele a puxou para os braços. — Quando foi que você ficou bonita a ponto de me fazer querer escrever poemas?
— Me beije.
— Não. — Joe a afastou. — Vou fazer isso bem devagar.
— Por favor, faça rápido — choramingou Demi, sentindo a falta daquele toque que era como um vento gelado contra o corpo.
— Não. — Os dedos de Joe roçaram seu queixo. — Quero curtir cada momento.
Demi quase levou um susto quando Joe puxou seu rosto para o dele e lambeu seu lábio inferior, depois o sugou, deslizando a língua por entre os dentes para sentir seu gosto.
— Meu Deus, você é maravilhosa! — murmurou contra seus lábios, mordiscando e explorando sua boca.
Enquanto Joe corria as mãos por todo seu corpo, era impossível pensar ou fazer qualquer coisa que não fosse corresponder às carícias, ao toque, ao amor. Suspirando, ele a pegou no colo e a carregou até a cama, colocando-a gentilmente entre os lençóis. Ele se afastou para olhá-la, os olhos tomados de desejo, mas ainda assim se segurou. Sorrindo, Joe passou os dedos em seus cabelos e os espalhou pelo rosto de Demi, penteando-os diversas vezes, hipnotizado pelo contato dos fios com a sua pele.
— Sonhei com esse momento — revelou Joe. — Com o jeito como seu cabelo ficaria, espalhado pela cama, nos lençóis de cetim... na verdade, em qualquer coisa. Ele é lindo. Você é linda.
Demi abriu a boca para responder, mas ele a calou com um dedo. Joe se aproximou e beijou seu pescoço, e em seguida a orelha, lambendo-a na pontinha e depois soprando perto do ouvido, provocando arrepios por todo o corpo de Demi.
— Você é tão sensível! — Os lábios dele passearam por sua mandíbula, desceram para o pescoço e foram até a outra orelha.
Joe repetiu o processo, em seguida deu um beijo molhado entre seus seios, soprando a parte úmida com suavidade. O corpo de Demi se encheu de vida outra vez, cada nervo à flor da pele, esperando, ansioso, pelo toque seguinte de Joe. As mãos quentes dele envolveram a bunda de Demi, acomodando-a na cama. Quando ele se inclinou sobre ela, Demi sentiu que o calor daquele corpo a queimava. Sem deixar de olhá-la nos olhos, Joe deslizou as mãos até as coxas de Demi.
— Esta noite não é minha. É sua, só sua.
— Mas...
Demi parou de raciocinar ao sentir o toque habilidoso de Joe. Quando ela soltou um gemido, Joe beijou sua testa e depois suas pálpebras, então passou a massageá-la, das coxas até as panturrilhas, depois subindo até os ombros. Parecia que o melhor sonho erótico de sua vida tinha se tornado realidade. Cada beijo, cada sensação, era como uma droga. Quando Joe finalmente a penetrou, Demi já estava tão perto, que não conseguiu não gritar o nome dele. E foi então que o autocontrole de Joe, sua lentidão dolorosa e a paciência desapareceram. Em seu lugar havia um homem apaixonado, selvagem e possessivo, disposto a fazer qualquer coisa para reivindicar Demi para si.
— Eu te amo — sussurrou ele enquanto seus corpos se moviam juntos, cobertos de suor. O mundo de Demi explodiu. Mudou. As cores ficaram mais brilhantes; as sensações, mais intensas; e sua alma se uniu à dele. — Para sempre — sussurrou Joe, sem fôlego. — Você é minha para sempre.

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