4.2.15

Capítulo Oito




Sábado, 1º de setembro de 2012
19h15

— Seu espaguete é péssimo. — Dou mais uma garfada e fecho os olhos, saboreando o que possivelmente é a melhor massa que já comi.
— Você está adorando e sabe muito bem disso — diz ele. Ele se levanta da mesa, pega dois guardanapos e me entrega um ao voltar. — Agora limpe o queixo. Tem molho do espaguete péssimo grudado em toda parte.
Depois do incidente na geladeira, a noite praticamente voltou ao normal. Ele me entregou um copo d’água, me ajudou a levantar da mesa, me deu um tapa na bunda e me obrigou a ajudá-lo. Era tudo o que eu precisava para deixar o constrangimento de lado. Um belo tapa na bunda.
— Já brincou alguma vez de Questionário do
Jantar? — pergunto para ele.
Ele balança a cabeça devagar.
— Será que quero brincar disso?
Faço que sim com a cabeça.
— É uma boa maneira de se conhecer. Depois do nosso próximo encontro, vamos passar a maior parte do tempo nos agarrando, então é melhor nos livrarmos logo de todas as perguntas.
Ele ri.
— Tudo bem. Como se brinca?
— Faço alguma pergunta bem pessoal e constrangedora, e você só pode beber ou comer algo depois que responder com sinceridade. E vice-versa.
— Parece fácil — diz ele. — E se a pessoa não responder?
— Ela morre de fome.
Ele tamborila os dedos na mesa e pousa o garfo.
— Topo.
Eu provavelmente já devia estar com as perguntas preparadas, mas, considerando que inventei esse jogo há trinta segundos, teria sido meio difícil. Tomo um gole do que sobrou do meu refrigerante com gelo derretido, e penso. Fico um pouco nervosa, com medo de ser curiosa demais, pois isso sempre acaba mal.
— Pronto, tenho uma pergunta. — Deixo o copo na mesa e me encosto na cadeira. — Por que me seguiu até o carro no mercado?
— Como já disse, achei que era outra pessoa.
— Eu sei, mas quem?
Constrangido, ele muda de posição e limpa a garganta. Sem pensar, estende o braço para pegar o copo, mas eu o interrompo.
— Nada de beber. Primeiro responda.
Ele suspira, mas depois cede.
— Não tinha certeza de quem você me lembrava, simplesmente parecia com alguém. Só depois percebi que era com minha irmã.
Enrugo o nariz.
— Eu o lembro de sua irmã? — Estremeço. — Isso é um pouco perturbador, Jonas.
Ele ri, depois faz uma careta.
— Não, não desse jeito. Não desse jeito mesmo. Você é bem diferente dela. Mas tinha algo em você que me fez pensar nela. E não sei por que te segui. Foi tudo tão surreal. Toda aquela situação foi um pouco bizarra, e, depois, encontrá-la na frente da minha casa mais tarde... — Ele interrompe a frase e olha para a mão enquanto passa os dedos na borda do prato. — Foi como se fosse predestinado.
Respiro fundo e assimilo sua resposta, tomando um cuidado extra com a última frase. Ele ergue o olhar para mim com uma expressão nervosa, e percebo que está pensando que a resposta pode ter me assustado. Sorrio para tranquilizá-lo e aponto para seu copo.
— Pode beber agora — digo. — Sua vez de me fazer uma pergunta.
— Ah, essa é fácil — diz ele. — Quero saber quem foi que andei irritando. Recebi uma mensagem misteriosa hoje. Tudo que dizia era: “Se está saindo com minha menina, compre seus próprios minutos pré-pagos e pare de desperdiçar os meus, babaca.”
Eu rio.
— Foi Miley. A fonte das minhas doses diárias de elogios.
Ele balança a cabeça.
— Achei mesmo que fosse dizer isso. — Ele se inclina para a frente e estreita os olhos para mim. — Porque sou muito competitivo e, se tivesse sido enviada por um garoto, minha resposta não teria sido tão boazinha.
— Você respondeu? O que disse?
— É essa sua pergunta? Porque, se não for, vou dar outra mordida.
— Sossegue o facho e responda a pergunta — digo.
— Sim, respondi a mensagem. Eu disse: “Como compro mais minutos”?
Meu coração amoleceu completamente, e estou tentando não sorrir. É mesmo muito ridículo e triste.
Balanço a cabeça.
— Estava brincando, essa não foi minha pergunta. Ainda é minha vez.
Ele apoia o garfo de novo e revira os olhos.
— Minha comida está esfriando.
Ponho os cotovelos na mesa e cruzo as mãos debaixo do queixo.
— Quero saber sobre sua irmã. E por que você se referiu a ela no passado.
Ele inclina a cabeça para trás e ergue o olhar, massageando o próprio rosto.
— Argh. Você pergunta mesmo sobre as coisas mais sérias, não é?
— Essa é a brincadeira. Não fui eu que inventei as regras.
Ele suspira outra vez e sorri para mim, mas há um pouco de tristeza em seu sorriso, o que imediatamente me faz querer voltar atrás na pergunta.
— Se lembra de quando contei que o ano passado foi foda para minha família?
Faço que sim com a cabeça.
Ele limpa a garganta e começa a passar os dedos na borda do prato novamente.
— Ela morreu 13 meses atrás. Ela se matou, apesar de minha mãe preferir usar o termo “overdose proposital”.
Ele não desvia o olhar enquanto fala, então faço o mesmo para mostrar respeito, apesar de estar sendo bem difícil encará-lo agora. Não faço ideia do que dizer, mas é culpa minha por ter tocado no assunto.
— Qual era o nome dela?
— Lessie. Eu a chamava de Less.
Ouvir o apelido faz uma tristeza surgir dentro de mim e, de repente, perco o apetite.
— Ela era mais velha que você?
Ele inclina-se para a frente e ergue o garfo, girando-o em seguida na tigela. Ele leva o talher cheio de espaguete até a boca.
— Éramos gêmeos — diz ele inexpressivamente, antes de pôr a comida na boca.
Meu Deus. Estendo o braço para pegar meu copo, mas ele o tira da minha mão e balança a cabeça.
— Minha vez — diz ele de boca cheia. Ele termina de mastigar, bebe um gole e limpa a boca com o guardanapo. — Quero saber sobre seu pai.
Dessa vez, sou eu que fico resmungando. Cruzo os braços em cima da mesa e aceito meu castigo.
— Como já disse, não o vejo desde que tinha 3 anos. Não tenho nenhuma lembrança dele. Pelo menos acho que não. Nem lembro como ele é.
— Sua mãe não tem nenhuma foto dele?
Quando faz essa pergunta, percebo que nem sabe que sou adotada.
— Lembra quando você comentou que minha mãe parecia bem jovem? Bem, é porque ela é mesmo. Ela me adotou.
Ser adotada nunca chegou a ser um estigma que precisei superar. Nunca me senti constrangida, nem tive vergonha nem senti necessidade de esconder isso. No entanto, pela maneira como Jonas está me olhando agora, parece que acabei de dizer que nasci com um pênis. Está me encarando de uma maneira bem desconfortável, o que me deixa inquieta.
— O que foi? Jamais conheceu ninguém que tenha sido adotado?
Ele leva mais alguns segundos para se recuperar, mas então esconde a expressão confusa e a substitui por um sorriso.
— Você foi adotada quando tinha 3 anos? Por Dianna?
Balanço a cabeça.
— Fui colocada com uma família de acolhimento temporário quando tinha 3 anos, depois que minha mãe biológica morreu. Meu pai não conseguia me criar sozinho. Ou não queria me criar sozinho. Seja como for, não ligo. Dei sorte de encontrar Dianna e não tenho a mínima vontade de tentar entender isso tudo. Se ele quisesse saber onde estou, teria vindo atrás de mim.
Percebo que ele ainda tem mais perguntas pela expressão nos seus olhos, mas estou louca para comer e fazer minhas próprias perguntas.
Aponto para seu braço com o garfo.
— O que sua tatuagem significa?
Ele estende o braço, e eu passo os dedos por cima dela.
— É um lembrete. Fiz depois que Less morreu.
— Um lembrete de quê?
Ele ergue o copo e desvia o olhar do meu. É a única pergunta que não está conseguindo responder me olhando nos olhos.
— É para eu me lembrar das pessoas que desapontei na vida. — Ele toma um gole e põe o copo na mesa, ainda sem conseguir fazer contato visual.
— Essa brincadeira não é tão divertida, não é?
Ele ri baixinho.
— Não mesmo. É péssima. — Ele olha para mim e sorri. — Mas a gente precisa continuar porque tenho mais perguntas. Você se lembra de alguma coisa antes de ser adotada?
Nego com a cabeça.
— Não muito. Uma ou outra coisa, mas chega um momento em que você simplesmente perde todas as lembranças quando não tem ninguém para validá-las. A única coisa que guardo de antes da adoção são algumas joias, e não faço ideia de onde vieram. Não sou capaz de distinguir o que era realidade, sonho ou algo que vi na televisão.
— Você se lembra de sua mãe?
Paro por um instante e fico pensando na pergunta. Não me lembro dela. De nada mesmo. É a única coisa do meu passado que me entristece.
— Dianna é minha mãe — respondo secamente. — Minha vez. Última pergunta e partimos para a sobremesa.
— Você acha que temos sobremesa suficiente?
— brinca ele.
Fulmino-o com o olhar e faço minha última pergunta.
— Por que você bateu nele?
Pela mudança em sua expressão, percebo que não precisa que eu detalhe mais a pergunta. Ele balança a cabeça e afasta a tigela de si.
— Essa resposta você não quer saber, Demi.
Prefiro o castigo.
— Mas quero saber, sim.
Ele inclina a cabeça para o lado, leva a mão ao queixo e, em seguida, estala o pescoço. Mantém a mão no rosto e apoia o cotovelo na mesa.
— Já contei. Bati nele porque ele era um babaca.
Estreito os olhos.
— Essa resposta foi vaga. Você disse que não é vago.
Sua expressão não muda, e ele continua olhando bem nos meus olhos.
— Era minha primeira semana de volta ao colégio depois da morte de Less — conta ele. — Ela estudava lá também, então todo mundo sabia o que tinha acontecido. Escutei o cara falando alguma coisa sobre Less quando passei por ele no corredor.
Discordei do que falou e demonstrei isso. Fui longe demais, e chegou um momento em que eu estava em cima dele e não me importava mais. Estava batendo nele, sem parar nem por um segundo, e nem ligava. A parte mais perturbadora é que o garoto provavelmente vai passar o resto da vida surdo do ouvido esquerdo e, mesmo assim, continuo não ligando.
Ele está me encarando, mas sem olhar para mim de verdade. É o olhar frio e intenso que já vi em seus olhos. Não gostei quando o vi da outra vez e não estou gostando agora... mas pelo menos consigo compreendê-lo melhor.
— O que ele disse sobre Less?
Ele se encosta na cadeira e foca os olhos num ponto vazio da mesa entre nós.
— Eu o escutei rindo, dizendo para o amigo que Less escolheu a saída mais fácil e egoísta. Disse que ela teria aguentado mais se não fosse tão covarde.
— Aguentado o quê?
Ele dá de ombros.
— A vida — responde ele, com indiferença.
— Você não acha que ela escolheu a saída mais fácil — digo, com o final da frase soando mais como uma afirmação do que como uma pergunta.
Jonas inclina-se para a frente e estende o braço por cima da mesa, segurando minha mão entre as suas. Ele alisa minha palma com os polegares e inspira fundo, exalando depois.
— Less era a pessoa mais corajosa que já conheci, porra. Precisou de muita coragem para fazer o que fez. Acabar com tudo, sem saber o que ia acontecer em seguida? Sem saber se havia alguma coisa em seguida? É mais fácil viver a vida sem motivo algum para continuar vivendo que simplesmente ligar o “foda-se” e partir. Ela foi uma das poucas pessoas que disse “foda-se” e pronto. E aplaudo o que ela fez todos os dias de minha vida, porque morro de medo de fazer o mesmo.
Ele aperta minha mão entre as dele, e é só quando faz isso que percebo que estou tremendo. Ergo o olhar para ele e vejo que está me encarando. Não existem palavras para responder ao que ele acabou de dizer, então nem me arrisco. Ele beija o topo de minha cabeça, me solta e vai até a cozinha.
— Quer brownies ou cookies? — pergunta ele por cima do ombro, como se não tivesse acabado de me deixar perplexa demais para falar.
Ele olha de volta para mim, e eu ainda o estou encarando, chocada. Não sei nem o que dizer. Será que ele acabou de admitir que tem tendências suicidas? Será que estava apenas sendo metafórico? Melodramático? Não faço ideia do que fazer com essa bomba que ele acabou de jogar no meu colo.
Ele traz um prato com cookies e brownies para a mesa e se ajoelha na minha frente.
— Ei — diz ele com calma, segurando meu rosto. Está com uma expressão serena. — Não queria assustá-la. Não tenho tendências suicidas, se é isso que a está perturbando. Não sou ruim da cabeça. Não sou pirado. Não estou sofrendo de transtorno de estresse pós-traumático. Sou apenas um irmão que amava a irmã mais que a própria vida, então fico um pouco intenso quando penso nela. E eu lido melhor com isso se penso que o que ela fez foi algo nobre, apesar de não ter sido, então é só isso que estou fazendo. Apenas tentando lidar com a situação. — Ele está segurando meu rosto com firmeza, me olhando com desespero, querendo que eu entenda suas razões. — Porra, eu amava muito aquela menina, Demi. Preciso acreditar que o que fez era a única opção que restava para ela, pois, se isso não for verdade, nunca vou me perdoar por não tê-la ajudado a encontrar alguma outra solução. — Ele pressiona a testa na minha. — OK?
Balanço a cabeça e afasto suas mãos do meu rosto. Não posso deixar que me veja fazendo isso.
— Preciso ir ao banheiro.
Ele se afasta, corro para o banheiro e fecho a porta. Em seguida, faço algo que não fazia desde que tinha 5 anos. Eu choro.
Não choro desesperadamente. Não soluço e não faço barulho algum. Uma única lágrima escorre pela minha bochecha, o que já é demais, então a enxugo depressa. Pego um lenço e seco meus olhos tentando evitar que outras lágrimas se formem.
Ainda não sei o que dizer para ele, mas sinto como se tivesse encerrado o assunto e decido deixar isso para lá por enquanto. Balanço as mãos e inspiro fundo, depois abro a porta. Ele está em pé mais no início do corredor, os pés cruzados na altura dos tornozelos e as mãos no bolso. Ele endireita a postura e se aproxima de mim.
— Está tudo bem conosco? — pergunta ele.
Abro meu melhor sorriso e faço que sim com a cabeça, em seguida, inspiro fundo outra vez.
— Já disse que considero você bem intenso. Isso acaba de provar meu ponto.
Jonas sorri e me dá um pequeno empurrão em direção ao quarto. Ele me abraça por trás e apoia o queixo no topo da minha cabeça enquanto andamos até meu quarto.
— Já pode engravidar?
Eu rio.
— Não. Não neste fim de semana. Além disso, é preciso beijar a garota antes de engravidá-la.
— Será que alguém não teve aula de educação sexual quando estudava em casa? — pergunta ele. — Porque é óbvio que posso engravidá-la sem dar um único beijo em você. Quer que mostre como?
Pulo na cama e pego o livro, abrindo-o onde paramos ontem.
— Não precisa, acredito em você. Além disso, acho que estamos prestes a ter uma boa dose de educação sexual antes de chegarmos à última página.
Jonas deita na cama, e eu me deito ao lado dele. Ele põe o braço ao meu redor e me puxa para mais perto, então apoio a cabeça em seu peito e começo a ler.
Sei que ele não está fazendo de propósito, mas está me distraindo totalmente enquanto leio. Fica olhando para mim, observando minha boca enquanto leio, enrolando meu cabelo com as pontas dos dedos. Toda vez que viro uma página, olho para ele e vejo que sempre está com a mesma expressão concentrada. Uma expressão tão concentrada em minha boca que me diz que ele não está prestando a menor atenção em nenhuma das palavras que leio. Fecho o livro e o coloco em cima da barriga. Acho que ele nem percebeu que fiz isso.
— Por que parou de falar? — pergunta ele, sem mudar a expressão nem desviar o olhar de minha boca.
— De falar? — repito, curiosa. — Jonas, eu estou lendo. Existe uma diferença entre essas duas coisas. E, pelo jeito, você não estava prestando a menor atenção.
Ele me olha nos olhos e sorri.
— Ah, eu estava prestando atenção, sim — afirma ele. — Na sua boca. Talvez não nas palavras que saíam dela, mas na sua boca com certeza.
Ele me tira de cima do seu peito e faz com que me deite, esticando-se ao meu lado em seguida. Sua expressão não mudou; ele está me encarando como se quisesse me devorar. E eu meio que queria que fizesse isso.
Jonas leva os dedos até meus lábios e começa a percorrê-los lentamente. A sensação é tão incrível. Tenho medo de respirar porque não quero que pare. Juro que é como se seus dedos estivessem conectados com todas as áreas sensíveis do meu corpo.
— Você tem uma boca bonita — elogia ele. — Não consigo parar de olhar para ela.
— Devia sentir o gosto dela — digo. — É muito bom.
Ele aperta os olhos e solta um gemido, em seguida se aproxima e pressiona a cabeça em meu pescoço.
— Pare com isso, sua malvada.
Eu rio e balanço a cabeça.
— De jeito algum. Você criou essa regra idiota, por que eu deveria apoiá-la?
— Porque sabe que tenho razão. Não posso beijá-la hoje porque o beijo vai levar a outra coisa, que vai levar a outra, e, pela nossa velocidade, vamos ter todas as primeiras vezes no próximo fim de semana. Não quer que nossas primeiras vezes se estendam mais um pouco? — Ele afasta a cabeça do meu pescoço e olha para mim.
— Primeiras vezes? — pergunto. — Quantas primeiras vezes existem?
— Não muitas, e, por isso, precisamos espaçá-las. Já passamos por várias desde que nos conhecemos.
Inclino a cabeça para o lado para poder encará-lo.
— Quais primeiras vezes já tivemos?
— As mais fáceis. O primeiro abraço, o primeiro encontro, a primeira vez que dormimos juntos, apesar de eu não ter dormido. Agora não nos resta quase nada. O primeiro beijo. A primeira vez que dormimos juntos os dois, sem ninguém pegar no sono antes da hora. Que casamos. Que temos um filho. Depois disso já era. Nossas vidas vão ficar entediantes e sem graça e vou ter de me divorciar para me casar com uma mulher vinte anos mais jovem só para ter muitas outras primeiras vezes e vai sobrar para você criar nossos filhos. — Ele toca minha bochecha e sorri. — Então está vendo, querida? Só estou fazendo isso pelo seu bem. Quanto mais eu esperar para beijá-la, mais tempo vai demorar para que seja obrigado a abandoná-la.
Eu rio.
— Sua lógica me apavora. Meio que não me sinto mais atraída por você.
Ele desliza para cima de mim, apoiando o próprio peso nas mãos.
— Você meio que não se sente mais atraída por mim? Isso também significa que você meio que me acha atraente.
Balanço a cabeça.
— Não o acho nada atraente. Você é repugnante. Na verdade, acho bom nem me beijar, pois tenho certeza de que acabei de vomitar internamente.
Ele ri e passa a se apoiar em um braço só, ainda em cima de mim. Leva a boca até minha têmpora e pressiona os lábios em meu ouvido.
— Você é uma mentirosa — sussurra ele. — Você sente muita atração por mim, e vou provar isso agora mesmo.
Fecho os olhos e arfo no instante em que seus lábios encostam em meu pescoço. Ele me beija de leve, bem abaixo da orelha, e é como se o quarto inteiro começasse a rodopiar loucamente. Devagar, ele leva os lábios de volta ao meu ouvido e sussurra:
— Sentiu isso?
Nego com a cabeça, mas só um pouco.
— Quer que eu faça isso de novo?
Balanço a cabeça por teimosia, mas estou torcendo para que ele saiba telepatia e consiga escutar o que estou gritando dentro da cabeça, porque, caramba, gostei muito. Caramba, quero que faça isso de novo.
Ele ri quando balanço a cabeça, e aproxima os lábios de minha boca. Beija minha bochecha e continua dando beijos suaves até chegar ao meu ouvido, onde para e sussurra outra vez:
— E isso?
Ai, meu Deus, nunca me senti tão não entediada antes. Ele nem está me beijando e já é o melhor beijo da minha vida. Balanço a cabeça de novo e mantenho os olhos fechados, pois gosto de não saber o que vai acontecer em seguida. Como a mão que foi colocada na parte externa de minha coxa e que está subindo até minha cintura. Ele desliza a mão por debaixo da minha camisa até seus dedos encostarem bem de leve no cós de minha calça, e deixa a mão lá, movendo devagar o polegar para a frente e para trás na minha barriga. Estou percebendo tudo tão intensamente que nesse momento tenho quase certeza de que seria capaz de identificar sua impressão digital entre várias.
Jonas percorre a linha de meu queixo com o nariz, e o fato de estar respirando tão pesado quanto eu prova que nunca vai conseguir esperar até outro dia para me beijar. Pelo menos é o que estou torcendo desesperadamente para que aconteça.
Ao alcançar meu ouvido, não fala nada. Em vez disso, ele o beija, e nenhuma terminação nervosa do meu corpo deixa de sentir esse beijo. Meu corpo inteiro grita da cabeça aos dedos dos pés, ansiando por sua boca.
Ponho a mão em seu pescoço, e, ao fazer isso, seus pelos se arrepiam. Aparentemente, esse único gesto derrete sua determinação por um instante, e, durante um rápido segundo, sua língua encosta em meu pescoço. Solto um gemido, e o som o faz delirar por completo.
Ele tira a mão de minha cintura e a coloca ao lado da minha cabeça, puxando meu pescoço para sua boca, sem se conter mais. Abro os olhos, chocada por perceber o quanto seu comportamento mudou tão depressa. Ele me beija, me lambe e provoca cada centímetro de meu pescoço, parando para respirar só quando é absolutamente necessário. Quando noto as estrelas acima da minha cabeça, não tenho tempo de contar nenhuma delas antes de revirar os olhos e sufocar os ruídos que tenho vergonha de emitir.
Ele leva os lábios para longe do meu pescoço, aproximando-se do meu peito. Se não tivéssemos uma quantidade tão limitada de primeiras vezes, arrancaria minha camisa agora mesmo e faria ele seguir em frente. Em vez disso, ele nem me dá essa opção. Vai percorrendo o caminho de volta com beijos até meu pescoço e meu queixo, e também beija de leve ao redor de toda minha boca, tomando cuidado para não tocar nos meus lábios uma única vez sequer. Meus olhos estão fechados, mas consigo sentir sua respiração em minha boca e sei que está se segurando para não me beijar. Abro os olhos e, ao olhá-lo, percebo que está encarando meus lábios mais uma vez.
— Eles são tão perfeitos — diz ele, ofegante. — Parecem corações. Eu poderia até passar dias encarando seus lábios sem ficar entediado.
— Não. Não faça isso. Se ficar só encarando, eu é que vou ficar entediada.
Ele faz uma careta, e está na cara que está achando muito, muito difícil não me beijar. Não sei o que tem de especial em ficar encarando meus lábios assim, mas com certeza é a coisa que mais mexe comigo em toda essa situação atual. Faço algo que provavelmente não devia fazer. Passo a língua nos lábios. Bem devagar.
Ele geme outra vez e pressiona sua testa na minha. Seu braço cede, e ele solta o peso em cima de mim, pressionando seu corpo contra o meu. Cada parte dele. Todo ele. Gememos simultaneamente no instante em que nossos corpos encontram essa conexão perfeita, e, de repente, tudo fica mais intenso. Estou agarrando sua camisa, e ele está de joelhos, me ajudando a tirá-la por cima da cabeça. Depois que a descartamos, ponho as pernas ao redor da sua cintura e o prendo, pois nada poderia ser pior que nos soltarmos agora.
Jonas aproxima a testa da minha, e nossos corpos se juntam mais uma vez, fundindo-se como as duas últimas peças de um quebra-cabeça. Devagar, ele se balança apoiado em mim, e, toda vez que faz isso, seus lábios chegam cada vez mais perto, até roçarem de leve nos meus. Ele não fecha o espaço entre nossas bocas, apesar de eu estar necessitando demais disso. Nossos lábios estão simplesmente parados juntos, sem se beijar. Toda vez que se move encostando-se em mim, ele solta um suspiro que engulo, ávida, pois parece que preciso disso para sobreviver a esse momento.
Mantemos esse ritmo por vários minutos, porque nenhum de nós quer ser o primeiro a iniciar o beijo. É óbvio que nós dois queremos, mas também está claro que alguém é tão teimoso quanto eu.
Jonas segura a lateral de minha cabeça e pressiona a testa na minha, mas afasta os lábios para poder lambê-los. Quando eles voltam a encostar nos meus, a sensação dos lábios molhados faz com que eu me afogue por completo, e duvido que eu seja capaz de voltar à superfície.
Ele muda de posição, e não sei o que acontece quando faz isso, mas, por alguma razão, jogo a cabeça para trás e as palavras “Ai, meu Deus” escapam de minha boca. Não queria me afastar de sua boca quando me inclinei para trás, pois estava adorando a posição, mas agora estou gostando mais ainda de onde estou indo parar. Coloco os braços ao redor de suas costas e encosto a cabeça em seu pescoço para ter alguma estabilidade, pois parece que a Terra inteira saiu do eixo e que Jonas passou a ser o centro.
Percebo o que está prestes a acontecer e dentro de mim começo a entrar em pânico. Exceto por sua camisa, continuamos completamente vestidos e nem estamos nos beijando... mas o quarto está começando a girar devido ao efeito que os movimentos rítmicos de Jonas estão provocando em meu corpo. Se não parar, vou me desfazer e derreter bem debaixo dele, o que provavelmente seria o momento mais vergonhoso de minha vida. Mas, se eu pedir para ele parar, ele vai me obedecer, e acredito que esse seria o momento mais frustrante da minha vida.
Tento acalmar minha respiração e minimizar os sons que escapam de meus lábios, mas perdi todo o autocontrole. É óbvio que meu corpo está gostando um pouco demais dessa fricção sem-beijo e que não tenho forças para parar. Vou tentar a segunda melhor opção. Vou pedir para ele parar.
— Jonas — digo sem ar, sem querer que ele pare, mas esperando que se toque e pare mesmo assim. Preciso que pare. Tipo dois minutos atrás.
Mas ele não faz isso. Continua beijando meu pescoço e movendo o corpo em cima do meu de uma maneira que alguns garotos já fizeram comigo antes, mas dessa vez é diferente. É tão incrivelmente diferente e maravilhoso que me deixa bastante apavorada.
— Jonas. — Tento dizer o nome dele mais alto, mas não tenho força suficiente.
Ele beija minha têmpora e desacelera, mas não para.
— Demi, se me pedir para parar, eu paro. Mas espero que não faça isso, porque realmente não quero parar, então, por favor. — Ele se afasta e me olha nos olhos, ainda movendo de leve o corpo sobre o meu. Seus olhos estão cheio de aflição e preocupação, e ele fala ofegante. — Não vamos fazer nada além disso, prometo. Mas, por favor, não me peça para interromper o que estamos fazendo agora. Preciso observar e escutar você, porque o fato de eu saber que está mesmo sentindo isso agora é tão incrível. É incrível sentir você, isso tudo e por favor. Só... por favor.
Leva a boca até a minha e me dá o selinho mais leve imaginável. É só uma prévia de como vai ser o beijo de verdade, e só de pensar nisso estremeço. Ele para de se mover sobre mim e se apoia nas próprias mãos, esperando que eu decida.
No instante em que se afasta de mim, sinto um peso no peito por causa de tamanho desapontamento e quase tenho vontade de chorar. Não porque ele parou nem porque não sei o que fazer em seguida... mas porque nunca imaginei que duas pessoas pudessem ter uma ligação tão íntima e que seria possível sentir o quanto isso é certo de uma maneira tão avassaladora. É como se o propósito de toda a humanidade estivesse centrado nesse momento; ao redor de nós dois. Tudo o que já aconteceu ou que acontecerá no mundo é simplesmente o cenário do que está acontecendo entre nós agora, e não quero que isso pare. Não quero. Balanço a cabeça, olhando para seus olhos suplicantes, e tudo que consigo fazer é sussurrar:
— Não. Faça qualquer coisa, mas não pare.
Ele desliza a mão para minha nuca e abaixa a cabeça, pressionando a testa na minha.
— Obrigado — diz ele baixinho, acomodando-se em cima de mim com delicadeza mais uma vez, recriando a conexão entre nós.
Ele beija os cantos da minha boca várias vezes, chegando perto dos meus lábios, descendo pelo queixo e alcançando meu pescoço. Quanto mais rápido ele respira, mais rápido eu respiro. Quanto mais rápido eu respiro, mais rápido ele beija todo o meu pescoço. Quanto mais rápido ele beija todo o meu pescoço, mais depressa nos movemos juntos — criando um ritmo hipnotizante que, de acordo com meu pulso, não vai durar tanto tempo mais.
Afundo os calcanhares na cama e as unhas em suas costas. Ele para de beijar meu pescoço e olha para mim com intensidade no olhar, me observando. Foca a atenção em minha boca mais uma vez, e, por mais que eu queira vê-lo me encarando desse jeito, não consigo manter os olhos abertos. Eles se fecham de forma involuntária assim que a primeira onda de arrepios se espalha pelo meu corpo, como se avisasse o que está por vir.
— Abra os olhos — diz ele com firmeza.
Eu abriria se pudesse, mas não consigo fazer absolutamente nada.
— Por favor.
É tudo que preciso ouvir para que meus olhos obedeçam. Ele está me encarando com um desejo tão intenso que é quase mais íntimo do que se estivéssemos realmente nos beijando agora. Por mais que seja difícil fazer isso, continuo com o olhar fixo no dele enquanto abaixo os braços, agarro os lençóis com ambos os punhos e agradeço ao carma por trazer esse caso perdido para minha vida. Porque até esse momento — até as primeiras ondas da mais pura compreensão tomarem conta de mim —, eu não fazia ideia do que estava perdendo.
Começo a estremecer debaixo dele, e Jonas não desvia o olhar nem por um segundo. Não consigo mais manter os olhos abertos por mais que tente, então permito que se fechem. Sinto seus lábios deslizarem com delicadeza até os meus, mas ele ainda não me beija. Nossas bocas ficam teimosamente juntas enquanto ele mantém o mesmo ritmo, deixando meus últimos gemidos e arfadas, e talvez até uma parte do meu coração, saírem de mim para ele. Lenta e alegremente, volto para a Terra, e ele termina parando, deixando eu me recuperar de uma experiência que ele conseguiu fazer com que não fosse nada vergonhosa para mim.
Quando estou bastante desgastada e drenada emocionalmente, com o corpo tremendo, ele continua beijando meu pescoço e meus ombros e todos os locais mais próximos do lugar onde eu mais queria ser beijada — minha boca.
Mas claro que ele prefere manter a determinação que ceder, pois ele desgruda os lábios do meu ombro, aproxima o rosto do meu e continua se recusando a me beijar. Ele ergue o braço e passa a mão pela minha testa, afastando um fio de cabelo.
— Você é incrível — sussurra ele, olhando apenas para meus olhos dessa vez, e não para minha boca. Suas palavras compensam a teimosia, e não consigo deixar de sorrir. Ele cai na cama ao meu lado, ainda ofegante, enquanto se esforça conscientemente para conter o desejo que sei que ainda percorre seu corpo.
Fecho os olhos e escuto o silêncio que surge entre nós à medida que nossas respirações ofegantes se transformam em respirações suaves e calmas. Está tudo quieto e tranquilo, e é bem possível que minha mente jamais tenha sentido tamanha paz.
Jonas aproxima a mão de mim, deixando-a entre nós dois, e enrosca o dedo mindinho no meu como se não tivesse força para segurar minha mão inteira. Mas é gostoso, porque já ficamos de mãos dadas antes, mas não demos os dedos mindinhos... e percebo que foi mais uma primeira vez. E perceber isso não me deixa desapontada, pois sei que essa questão de primeira vez não importa com ele. Ele pode me beijar pela primeira vez, pela vigésima vez, pela milionésima vez... e não me importaria se fosse a primeira vez ou não, porque tenho certeza de que acabamos de quebrar o recorde de melhor primeiro beijo na história dos primeiros beijos — sem nem nos beijarmos.
Após um longo período de silêncio perfeito, ele respira fundo, senta-se na cama e olha para mim.
— Preciso ir. Não posso ficar nessa cama com você nem mais um segundo.
Inclino a cabeça para ele e o observo desanimada enquanto se levanta e veste a camisa. Jonas sorri ao me ver fazendo bico e se curva para a frente até ficar com a cabeça em cima da minha, perigosamente perto dela.
— Quando eu disse que você não ia ser beijada hoje, estava falando sério. Mas caramba, Demi. Não imaginava o quanto você ia tornar isso difícil.
Ele põe a mão na minha nuca, e eu arfo baixinho, obrigando meu coração a continuar dentro do peito. Ele beija minha bochecha e sinto a hesitação conforme se afasta com relutância.
Dá um passo para trás em direção à janela, olhando para mim o tempo inteiro. Antes de sair, pega o celular, passa os dedos pela tela por alguns segundos e depois o guarda no bolso. Sorri para mim, sai pela janela e a fecha.
De alguma maneira, encontro forças para pular da cama e correr até a cozinha. Pego o telefone e claro que tem uma mensagem dele. Mas é só uma palavra.

Incrível.

Sorrio, porque foi mesmo. Foi absolutamente incrível.

Treze anos antes

— Oi.
Mantenho a cabeça enterrada nos braços. Não quero que ele me veja chorando outra vez. Sei que não vai rir de mim — nenhum deles jamais riria de mim. Mas nem sei por que estou chorando e queria que isso simplesmente parasse, mas não para, e não aguento e odeio isso, odeio, odeio.
Ele se senta na calçada ao meu lado, e ela se senta do meu outro lado. Continuo sem erguer o olhar e continuo triste, mas não quero vê-los indo embora porque é bom tê-los aqui.
— Talvez isso faça você se sentir melhor — diz ela. — Fiz uma para mim e uma para você na escola hoje. — Ela não pede para eu olhar para cima, então não faço isso, mas sinto quando ela coloca algo no meu joelho.
Não me mexo. Não gosto de ganhar presentes e não quero que ela me veja olhando para o que me deu.
Continuo de cabeça baixa, chorando e desejando saber o que há de errado comigo. Tem algo de errado comigo, caso contrário eu não ficaria assim toda vez que aquilo acontece. Porque é para aquilo acontecer. É o que meu papai me diz, pelo menos. Aquilo deve acontecer, e tenho de parar de chorar porque ele fica tão, tão triste quando choro.
Eles ficam sentados do meu lado por muito, muito tempo, mas não sei quanto tempo, pois não faço ideia se horas são mais longas que minutos. Ele inclina-se para perto de mim e sussurra no meu ouvido:
— Não se esqueça do que eu lhe disse. Você se lembra do que precisa fazer quando fica triste?
Faço que sim com a cabeça escondida no braço, mas não olho para ele. Tenho feito o que ele disse que eu devia fazer quando ficasse triste, mas, às vezes, continuo triste do mesmo jeito.
Eles ficam comigo por mais algumas horas ou minutos, mas então ela se levanta. Queria que ficassem por mais um minuto ou mais duas horas. Nunca me perguntam o que há de errado, e é por isso que gosto tanto deles e que queria que ficassem mais.
Ergo o cotovelo, dou uma olhada por debaixo dele e vejo os pés dela se afastando de mim. Pego o presente dela no meu joelho e passo os dedos nele. Ela fez uma pulseira para mim. É de elástico, roxa e tem a metade de um coração. Eu a coloco no pulso e sorrio, apesar de ainda estar chorando. Levanto a cabeça, e ele ainda está aqui, olhando para mim. Parece triste, e eu me sinto mal porque sei que sou eu que o deixo triste.
Ele se levanta e se vira para minha casa. Olha para ela por um bom tempo sem dizer nada. Sempre pensa muito e toda vez isso me deixa curiosa sobre seus pensamentos. Ele para de olhar para a casa e dirige o olhar para mim.
— Não se preocupe — diz ele, tentando sorrir para mim. — Ele não vai viver para sempre. — Então se vira e volta para sua casa. Fecho os olhos e torno a encostar a cabeça nos braços.
Não sei por que ele disse isso. Não quero que meu papai morra... só quero que pare de me chamar de Princesa. 

*****

Meninas, desculpa, mas eu to me divertindo muito com os comentários de vocês, com o quão desesperadas vocês parecem estar asnaoijsoi
Agora me digam, o que acharam desse "treze anos antes"? O que acham que pode ser?
Respostas aqui.
Se cuidem, amo vcss.
Beijos

12 comentários:

  1. oi amor, que saudade de vc baby... tô viajando n posso entrar, amanhã vou tirar o dia pra ler a fic, n consegui ainda. Desculpa ter sumido baby, amanhã eu tento colocar oa comentários em dia... bjs sdds

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  2. Amei o capítulo..... muitas coisas foram reveladas..... só que no final vc simplesmente fundiu a minha cabeça..... continua logo por favor.......

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Incrível! E esse momento <3 destruiu meus sentimentos.
    Posta logo!!
    Beijos:*

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  5. Meu Deus, maravilhoso. Só isso.
    Sou nova aqui e vou estar sempre comentando! Posta mais! Um beijo.

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  6. Q capitulo foi esse? Pqp posta mais por favooor

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  7. jurava como era agora o beijo mas n foi, pra falar a vdd o que foi isso entre ela e o joe meu deus foi muito perfeito.
    posta logo !!

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  8. MEU DEUSSSSSSSSS!!!!
    ESTOU FALANDO DAQUI DO CÉU, PORQUE ESSE CAPÍTULO FOI SIMPLESMENTE MARAVILHOSO!!
    Jesus, eu fiquei achando que eles dariam o primeiro beijo mas foi muito melhor que isso.
    Tô acabada. Não sei nem o que dizer desse capítulo que me fez ficar molhada do começo ao fim kkdsidksdsk.
    Não vejo a hora deles se beijarem logo, meu coração não aguenta tantos tiros como esse.
    Continua logo, beijos :*

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  9. Eita pooooorraa !!!!!!! Esse capítulo foi sensacional !! Eles se pegaraammmm , não com beijo , mas se pegaram <3
    E esses treze anos ?
    To mais curiosa ainda agr
    Posta mais logo pleeaassee
    Bjs

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  10. Pqp ainda não to acreditando no que acabei de ler ..........AAAAAAHHHHHHHH foi incrível!!!!! Eles tão se conhecendo mais e teve pegada no final !!! <3
    Quero saber mais sobre esses treze anos , To meio confusa !
    Posta mais Gi

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  11. Não to acreditaaandooo! Capitulo perfeito , simplesmente ! Fiquei meio confusa no final, então posta logo ! Kkkkkkkk
    Bjs

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  12. Esse capítulo foi sensacional!!
    Eu já sabia que não teria beijo nesse capítulo, tinha certeza, mas essa pegação foi melhor que beijo!
    Eu não imaginava que o Joe tinha uma irmã gêmea, e nem mesmo que a morte dela tenha sido o motivo de ele ter se afastado da escola.
    E eu acho, isso tem uma grande possibilidade de está errado, que o garotinho dos treze anos antes seja o Joe, porque tem um momento que fala que ele sempre pensa muito e toda vez isso a deixa curiosa sobre os pensamentos dele. Sei lá, só relacionei isso ao Joe porque ele sempre pensa muito antes de falar alguma coisa. Mas posso está errada.
    Eu realmente amei muito esse capítulo!
    Posta logo
    Beijos.

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