14.11.14

Capítulo Dez






Dia do julgamento

Era dia do julgamento e Joe se levantou da cama irritado. Estava de mau humor e nem queria pensar nos acontecimentos do dia. Demi pode não perceber os avanços de Clive, mas tinha notado cada movimento que Clive tinha feito. Estava observando Demi arrumar seu terno diante do espelho de corpo inteiro e caminhou até ficar atrás dela.
"Regra número dois: sem mais ternos sensuais enquanto você estiver trabalhando com Baker."
"Eu nem sequer uso ternos sensuais!" Disparou de volta.
"Qualquer terno que tem o caimento perfeito em seu corpo vai parecer sexy." Deslizou a mão para baixo em suas curvas para enfatizar seu motivo.
"Você prefere que eu volte para os ternos enormes?" Perguntou sarcasticamente.
"Sim, na verdade gostaria." Respondeu em tom sério.
"Estava brincando."
"Mas eu não estou."
"Por que a súbita mudança de opinião? Achei que odiasse aqueles ternos." Ela estava bem consciente da ironia da situação. Lembrou-se de todas as vezes que tinha o mesmo argumento com Joe sobre os ternos grandes.
"Odiava, por que me impedia de ver tudo. Agora que sei exatamente o que está sob os ternos, vou proteger o meu prêmio de olhares indiscretos. Amo os ternos grandes, eles impedem a todos de ver o que tem embaixo. Cobriria quase todo seu corpo com tecidos e cinto de castidade."
"Não vou usar isso. Já era a época daqueles ternos largos." Odiava a ideia de voltar para os ternos grandes e mal ajustados. Eles representavam um modo de vida que não queria mais. Estava cansada de esconder, cansada de negar a si mesma e apenas cansada de prosseguir com suas próprias exigências ridículas. As coisas eram diferentes agora e se recusava a retroceder. Havia falsamente acreditado que aqueles ternos lhe davam poder, mas estava errada. Sabia agora que estava apenas se escondendo por trás deles e sua missão de ser poderosa tinha fracassado.
Pela primeira vez em sua vida, estava orgulhosa de seus atributos e não tinha vergonha de seu corpo. Já não pensava nela como um objeto para os homens pagarem altos preços para se divertir. Agora, quando vestia o terno justinho, aquilo que testemunhou enquanto crescia no bordel não ficava martelando em sua mente ou orientava suas escolhas.
"Bem, você não vai usar aqueles ternos sexy também."
Ela ergueu o queixo em desafio. "Vou, se quiser."
"Por que você quer usá-los? Você está tentando se exibir para Clive?"
"Não posso acreditar que me perguntou isso!" Olhou para ele como se fosse louco por sugerir isso.
"Você tem alguma ideia do que eu faria com você se estivesse tentando se vestir de maneira sexy para Clive?" Perguntou em um tom mortal, mas ela não respondeu. "Você tem?"
"Acho que sim." Ela finalmente admitiu.
"Então por que você insiste em usar isso?"
"Quase todas as mulheres do escritório usam ternos justinho como este. Algumas secretárias usam saias tão curtas que quase mostram suas vaginas."
"Não me importo com nenhuma delas. Só me importo com você e com o que veste."
"Pareço uma aberração, um saco feio em comparação." Embora nunca tivesse se preocupado com coisas como esta antes, já estava consumida com o pensamento. Não queria andar por aí com uma aparência brega enquanto o resto das mulheres exibiam seus atributos. Não podia esquecer que algumas dessas mulheres tinham intensificado a marcação para tentar impressionar Joe.
"Você nunca poderia fica feia mesmo se tentasse. Mesmo se usar um saco, vai ofuscar todas elas."
"Gosto do jeito que você olha para mim quando me visto assim." Disse ela com franqueza.
"Sei que gosta, mas não importa o que você vista. Pode estar coberta de terra, embrulhada em papel alumínio e meu pau ainda iria ficar duro. Você poderia usar metros e mais metros de tecido que cobrisse cada centímetro do seu corpo e eu ainda iria gostar de rasgá-lo."
"Precisamos fazer um acordo. Não vou usar aqueles ternos novamente, mas não vou usar nada muito justinho também. No entanto, se eu fizer isso, você tem que ficar de joelhos e me convencer de quão linda estou no meu terno mal ajustado. Todas as manhãs, antes de ir para o trabalho."
"Só se puder tirar esse terno depois de fazer isso."
Ela ergueu o queixo. "Isso vai depender de quão convincente você for."
"Negócio fechado. Vou dar o cartão de crédito para você e quero que encomende um novo guarda-roupa. Nada apertado e nada provocativo quero cada centímetro do seu corpo coberto. Compre um monte de gola rolê."
"Gola rolê?" Ergueu as sobrancelhas com incredulidade.
"Sim."
"Você está falando sério?"
"Sim."
"Não vou usar gola rolê." Não estava feliz em vestir aqueles ternos horríveis de novo, mas estava perversamente satisfeita com a reação dele. Preferia que ele estivesse com ciúmes ao invés de tentar compartilhá-la. Mas usar golas rolê estava fora de questão.
"Até você terminar de ajudar Baker, vai usar. Não faça uma situação fatal possivelmente se tornar pior." Beijou-lhe o ombro, "Vá se trocar agora."
"Agora? Vamos nos atrasar para o trabalho."
"Se você continuar me questionando, vou arrancar esse terno" Ameaçou-a com um sorriso de lobo que não podia resistir.
"Eu me recuso a me atrasar para o trabalho. Vou usar este hoje e amanhã vestirei a roupa de sua preferência." Demi tentou argumentar com ele. Ainda acrescentou um beijo suave em seus lábios para incentivá-lo.
"Como quiser Princesa." Disse antes de rasgar a frente de sua camisa e arrancá-la de seu corpo. Agarrou a frente da saia e com um puxão forte quebrou o zíper e, em seguida, rasgou o tecido até a barra. "Agora, vai se trocar."
"Eu deveria ir trabalhar assim." Colocou seus punhos em seus quadris enquanto erguia o queixo. "Aposto que o Sr. Baker ficaria fortemente chocado com essa reunião."
"Eu iria bater fortemente na sua bunda." Sentiu a cabeça do seu pau inchar apenas com o pensamento.
"Você poderia tentar. De qualquer forma, seu amiguinho, Sr. Baker, teria um show."
"Isso não é engraçado!" Ele rugiu.
"Não?"
Olhou para ele antes de se virar e entrar em seu closet. Recusando-se a usar o seu terno velho, decidiu cooperar. Colocou um de seus novos ternos. Era todo preto, de tecido grosso e não era nem um pouco sexy. Estava bem justo, porém simples.
"Está feliz agora?" Retrucou com a mesma atitude que poderia reunir.
"Cuidado com a boca." Alertou-a antes de batê-la na bunda. "Ou vamos realmente nos atrasar para o trabalho.”
"Nós já estamos atrasados!" Retrucou quando olhou para o relógio.
"E cadê a gola rolê?" Gritou para ela.
"Eu não tenho nenhuma rolê."
"É melhor manter isso abotoado firmemente. Se eu sequer vir um botão aberto, vou derrubar a porra do edifício abaixo."
"Eu nunca abri um botão." Ela suspirou descontente.
"E é melhor não começar agora."
"Mas não é tão decotado."
"É decotado o suficiente para os olhos rastejantes de Baker." Ele balançou a cabeça em repulsa. Apenas o pensamento de Baker olhando para o decote de seus peitos era demais para Joe. "Vamos, vamos. Quero começar essa merda logo." Agarrou a mão dela e saiu da sala.
Este ia ser um longo dia.
Clive tinha algumas perguntas que queria que Demi fizesse para Susan Lawrence. Como prometido, Paul participou da reunião.
Paul sentou no fim da mesa. Clive se sentou em frente à Demi, dando-lhe uma lista de perguntas.
Demi notou que suas perguntas eram limitadas na melhor das hipóteses. Fez algumas recomendações e Clive assentiu ansiosamente. Quando a reunião terminou, os três se dirigiram para fora do escritório e para o corredor. Clive diminuiu o passo para caminhar junto a Demi.
"Estou muito feliz por ter alguém com a sua inteligência me ajudando Srta. Lovato. Você realmente é brilhante, nunca conheci outro advogado tão inteligente como você. Na verdade, não acho que já conheci alguém tão inteligente como você." Clive jorrava sobre ela.
Demi conteve sua carranca, perguntando-se por que ele escolheu divulgar essa informação. Ela não gostava desse tipo de atenção em circunstâncias normais, mas especialmente não na frente de seu chefe. Sentiu-se terrivelmente desconfortável por um momento, até que viu Joe.
Paul viu Joe furioso em direção a eles e ficou preocupado que haveria problemas. Como um trator, Joe parou no meio do corredor, forçando os três para pararem.
"Oi." Demi caminhou até Joe. Ficou na ponta dos pés e beijou seus lábios. Ele imediatamente se acalmou, mas não o suficiente para ajudar.
Ele ouviu o que Clive disse-lhe, e não ficou impressionado. Seus olhos e sua raiva estavam presos em Clive.
"Por que você não vem comigo, Devonne? Podemos deixar isso pronto para amanhã." Disse Paul, vendo o olhar de seu filho.
"Tudo bem." Concordou com a cabeça, em seguida, virou-se para Joe com uma piscadela: "Vou terminar em breve."
Joe esperou até que eles estavam fora do alcance auditivo antes que falasse com Clive.
"Ela é brilhante não é?" Disse Joe.
"De fato de ela é." Clive disse com um sorriso que enfureceu Joe.
"Cuidado onde pisa."
"Ah, é verdade, ouvi que vocês dois tem alguma coisa pequena." Clive disse com desdém.
"Pequena? É grande o suficiente para começar uma guerra." Joe avisou, mas Clive apenas sorriu.
"Ela parece fazer valer a pena uma pequena guerra." Disse Clive e Joe deu um passo para mais perto dele.
"Cuidado." Joe disse, segurando sua raiva. Estava pronto para pegar Clive pelo pescoço e esmagar a cabeça contra o balcão.
"Ou o quê?" Clive ergueu as sobrancelhas.
"Ou vou quebrar a porra do seu pescoço." Joe disse com um sorriso, escolhendo a batalha. Era competitivo por natureza e adorou a ideia de destruir Clive. Clive escolheu o homem errado para brigar, mas iria descobrir em breve. "Quero que você fique longe dela." "Isso vai ser difícil, considerando que estamos trabalhando juntos."
"Já volto." Demi disse a Paul antes de ela virar de volta. Viu o olhar nos olhos de Joe e tinha um mau pressentimento.
Demi virou a esquina a tempo de ver Joe cara a cara com Clive Baker. O corpo musculoso de Joe se elevava sobre Clive. Se Joe escolhesse lutar, não haveria um corajoso forte o suficiente para detê-lo. Poderia afirmar pelo olhar de Joe que ele estava pronto para uma briga. Poderia afirmar que ele estava desafiando Clive a fazer um movimento.
"Olá Srta. Lovato, você esqueceu alguma coisa? Qualquer coisa que eu possa fazer por você?" Clive perguntou quando se virou para Demi com um sorriso brilhante. Era um sorriso que colidia com a intensa cena que ele era parte.
"Joe?" Demi ignorou Clive enquanto tentava chamar a atenção de Joe. Joe continuou a encarar Clive por um tempo.
"Eu deveria ir cuidar de algumas coisas." Disse Clive, antes de rapidamente se afastar.
Joe continuou a encarar Clive quando ele saiu. Com uma carranca profunda, Joe possessivamente serpenteou o braço em volta de Demi e se afastou.
"O que foi aquilo?" Ela perguntou quando eles estavam longe o suficiente.
"Nada." Com a voz baixa, com raiva contida.
Ele a levou até seu escritório e imediatamente trancou a porta atrás dele. Caminhou até a mesa, pegou uma pilha de papéis e jogou no chão. Agarrou seu porta-canetas e jogou-o contra a parede. Pegou o copo e bateu com ele na mesa. Demi engasgou quando viu o vidro quebrar na sua mão. Correu até ele e pegou a sua mão, que estava com um corte superficial, mas pegou um guardanapo e limpou o sangue.
"Trabalhar com Baker é uma má ideia." Joe rosnou.
"O que mais posso fazer?" Com certeza ele não gostava dessa resposta.
Observou como sua raiva aumentou. Parecia que ele queria pegar sua mesa e jogá-la pela janela. Tentando apaziguar a situação, pegou a mão dele e levou-o para o sofá, sentou-se e puxou-o ao lado dela. Continuou a alisar o guardanapo sobre o corte, esperando que o sangramento parasse.
Ele balançou a cabeça. "Tenho um mau pressentimento sobre isso." Se ele se sentia assim agora, só podia imaginar como se sentiria depois de uma semana ou mais. "Não confio nele."
"Sr. Baker é uma doninha, ele está provavelmente apenas tentando fazer um bom trabalho."
"Ele está fazendo um bom trabalho tanto quanto estou pronto para bater nele sem sentido." Suas palavras pareciam renovar sua raiva. Suas mãos começaram a tremer quando o sangue correu para seu rosto.
Ela só conseguia pensar em uma coisa que poderia ajudar a resolver o seu temperamento: começou a desabotoar sua camisa.
"Esqueça-o." Tirou seu blazer e sua camisa. "Este acordo com ele não vai demorar muito, vai acabar antes de perceber."
"Para o bem dele, é melhor que seja."
"Venha, quero que tente relaxar." Desabotoou o sutiã e montou em seu colo.
"Estou tentando manter tudo sob controle." Ele passou os braços ao redor de seus quadris e colocou a cabeça contra seus seios.
"Srta. Lovato?" Ouviu a voz de sua secretária pelo interfone. "Você tem um cliente não agendado para falar com você." Sua voz de repente abaixou; ela estava, obviamente, falando com o cliente. "Nós realmente não atendemos cliente fora de hora, sua agenda é geralmente cheia."
Joe colocou a mão sobre a boca de Demi enquanto balançava a cabeça. "Você não vai a lugar nenhum."
"Srta. Lovato? Acho que ela já foi. Desculpe, mas você deve ter perdido ela senhor. Gostaria de marcar uma consulta...?" A sala ficou em silêncio enquanto a secretária desligou o interfone.
Demi sorriu quando ela balançou a cabeça. "Você vai me demitir."
"Paul Jonas nunca iria demitir sua nora. Além disso, sua secretária cuidou dele, vai voltar."
"Mas não sou sua nora ainda, não estamos casados."
"Ele pensou em você como uma filha quando éramos inimigos. Além disso, sabe o quão sério é isso."
"Será? Quando falamos às pessoas sobre o nosso noivado, foi em resposta ao nosso vídeo de sexo reproduzido no refeitório."
"Então, vamos dizer a todos novamente."
"Como?"
"Vou fazer uma festa de noivado." A ideia de repente o satisfez. Gostou de tornar isso oficial. Queria que o mundo inteiro soubesse que ela seria sua esposa e queria que Clive entendesse mais do que tudo.
"Sério?"
"Sério."
"Não é tarde demais?"
"Nunca é tarde demais."
"Eu realmente gosto dessa ideia. Podemos convidar algumas pessoas do trabalho também. Com certeza quero convidar Miley, Sampson e algumas outras secretárias. Mas, sem Lila e sem o Sr. Baker."
"Sem dúvida sem a Sra. Strain, embora gostaria de convidar Baker. Então, depois de fazer o anúncio, posso bater-lhe na cabeça com a grande pedra que estará com você. Vou pegar um diamante extragrande só para isso."
"Não, nós não vamos convidar qualquer um deles, eles não virão para a nossa festa."
"Concordo."
"E já te falei que você não tem que me comprar um anel escandalosamente grande ou caro."
"Vou comprar o maior diamante que puder encontrar. Quanto maior ele for, mais atenção vai atrair. Quero que as pessoas notem imediatamente e vejam que você é comprometida... completamente comprometida."
"Não se preocupe. Nunca deixarei ninguém se esquecer disso." Ela sorriu e beijou-o novamente. "Pena que não posso te comprar um anel pela mesma razão."
Ele sorriu e beijou-a. "Vou tatuar o seu nome em meu peito."
Demi e Joe foram até a casa de sua mãe depois do trabalho para o jantar. Dianna havia preparado uma festa e insistiu que eles viessem.
"Não são muitos os homens que podem dizer que tiraram a sua noiva de um bordel." Brincou ele, enquanto estacionava o carro. Em vez da risada que esperava, ouviu um suspiro.
"Isso não foi engraçado." Repreendeu quando deu um tapa no braço dele.
"Foi apenas uma piada." Pegou o queixo dela e a beijou na boca.
"Essa foi uma importante fonte de preocupação na minha adolescência. Tive esse pesadelo constantemente: Estava em pé no altar esperando meu noivo, mas estava muito atrasado. Quando ele finalmente chega, começa a gritar que o casamento não vai acontecer porque fui criada em um bordel. Às vezes, suas palavras mudavam, mas ele sempre dizia que não iria se casar com a filha de uma cafetina."
"Droga."
"O sonho sempre acabava com a minha tia Pam atirando nele por chamar a minha mãe de cafetina. E nem quero falar sobre meu sonho estilo Prom Night1."
"Demi querida!" Ambos olharam para fora da janela do carro para ver Dianna vindo na direção deles.
Ela estava usando um roupão branco com penas de avestruz falsas que arrastavam atrás dela. Embaixo usava um vestido de zebra listrado em marrom escuro e branco. O cabelo dela estava enrolado com uma pena branca ao lado estilo anos 1920.
Quando estavam sentados à mesa no jardim, Demi deixou escapar a notícia.
"Nós vamos fazer uma festa de noivado." Anunciou.
"Adorei essa ideia!" Dianna gritou enquanto batia palmas. Ela mal podia conter sua alegria. "Você pode fazer aqui."
"Não, quero convidar algumas pessoas com quem trabalho. Não estou preparada para explicar por que estou fazendo a minha festa de noivado em um bordel famoso." A cara de paisagem de Demi apareceu quando falou.
"Bem pensado." Dianna assentiu com a cabeça em concordância.
"Quero fazer a festa no hotel de Joe." Demi informou.
"Boa escolha, aquele lugar é lindo."
"Eu sei." Demi concordou enquanto segurava a mão de Joe em cima da mesa. "Você se lembra de Susan, a garota que fez faculdade comigo?"
"Claro que sim. Susan Likke, você a ajudou depois que seu pai faleceu." Disse Dianna com uma careta.
"Lembro sim." Pam assentiu. "Ela ia desistir e Devonne levou muito tempo para levá-la de volta aos trilhos."
"Sim, é ela mesma, eu a vi nos últimos tempos."
"Como é que ela está e o que está fazendo?"
"Ela é casada com um cirurgião plástico e eles têm um bebê bonitinho. Ela não pratica mais a advocacia."
"Sério?" Pam estava surpresa.
"Ela provavelmente prefere passar o tempo com sua família." Disse Dianna à sua irmã.
"Isso foi o que ela disse. Sua filha é linda!" Demi concordou antes mastigar a comida.
"Filho pode ser uma grande alegria. Quantos anos ela tem?" Dianna balbuciou.
"Acredito que menos de um ano."
"Ela deveria passar cada minuto que tem com ela e aproveitar esse tempo. Nunca poderá conseguir isso de volta." As palavras de Dianna estavam emocionadas.
"Está tudo bem." Pam colocou a mão em cima da de sua irmã, na tentativa de consolá-la.
"Daria qualquer coisa para voltar aos primeiros cinco anos." Dianna agarrou seu lenço de seda e enxugou uma lágrima em seu olho. "Qualquer coisa."
"Eu também." Demi concordou. "É por isso que devemos aproveitar ao máximo todo o tempo que ainda tenho."
"Isso é uma maldita boa ideia sobrinha." Pam assentiu enquanto levemente apertava a mão de sua irmã.
"Concordo, uma ideia maravilhosa." Natalie soluçava baixinho.
Com necessidade de quebrar a tensão súbita antes que começasse a chorar, Demi disse a primeira coisa que veio na cabeça. "Ouvi dizer que a dor do parto é o equivalente a ser atropelada por um carro esportivo sobre sua barriga."
Funcionou, todo mundo imediatamente pararam o que estavam fazendo para olhar para ela. "Bem... não é?"
"De forma alguma, dar à luz é uma coisa linda." Disse Dianna.
"Não estou falando sobre a experiência, estou falando sobre o nível de dor." Demi continuou. Apesar de ter sido um pensamento passageiro, ainda queria saber a resposta.
"Eles dizem que vale a pena no final." Natalie acrescentou.
"Sim, acho que vale." Demi sorriu.
"Oh, eu não acredito nisso!" Dianna jogou as mãos à boca.
"O quê?" Perguntou Demi
"Oh, Deus!"
"O que foi Dianna?" Perguntou Pam.
"Minha querida filha está grávida!" Dianna chorou.
"O quê?" Demi tinha certeza que a mãe finalmente tinha enlouquecido.
Joe sentou-se em silêncio ao lado de Demi, embora seus pensamentos corressem.
"Parabéns!" Natalie cantou.
"Eu não estou grávida!" Demi estalou.
"Mas você está perguntando sobre gravidez!" Disse Dianna.
"Estava apenas fazendo uma pergunta!" Demi estalou.
"Sério, como você pula de uma pergunta de gravidez para ela estar grávida?" Pam perguntou enquanto balançava a cabeça.
"Ela nunca perguntou sobre nada parecido antes. Nunca se interessou por crianças. Pensei que nunca iria ter um neto! Então, quando a ouvi falar sobre o parto, fiquei animada! Pensa um pouco Pam!" Dianna gritou dramaticamente quando Pam revirou os olhos.
"Não ter um neto sempre foi o seu maior medo." Natalie saiu em defesa de Dianna.
"Cala a boca Natalie." Pam franziu o cenho quando se virou para a amiga fofoqueira.
"Por que você acha que nunca teria um neto?" Perguntou Demi incapaz de esconder a decepção que sentia.
"Eu não sei, querida. Acho que depois que você se formou na faculdade e ainda nunca tinha tido um namorado, apenas presumi o pior." Dianna admitiu.
Joe sorriu apesar do fato de que eles estavam discutindo sobre gravidez. Gostou do fato de que ela nunca tinha tido um namorado. Sentia-se perversamente possessivo sobre ela e adorou o fato de que era o seu primeiro em todos os sentidos.
"Então, porque eu estava mais interessada em conseguir uma carreira ao invés do namoro, você achava que nunca iria me casar?"
"Não é só isso. É a maneira que te criei e por causa do bordel." Dianna tentou explicar.
"Você tem que entender querida, na nossa tentativa trágica de mantê-la segura, virou você contra o sexo oposto. Mas sabia que você ia se casar quando estivesse pronta." Pam garantiu Demi. "Sabia que quando estivesse contente com a sua carreira, começaria a pensar sobre isso."
"Obrigada tia Pam." Demi assentiu.
"Admito que eu temia o pior." Dianna chorou.
"Como sempre." Pam revirou os olhos mais uma vez enquanto Demi balançava a cabeça.
"Sabia que você ia acabar se apaixonando também. Mas nunca sonhei que seria tão cedo, achei que seria na casa dos trinta. Você é tão apaixonada pelas coisas que gosta, sabia que a paixão iria evoluir quando conhecesse o homem certo." Natalie acrescentou.
Pam sorriu. "Admito que nunca esperei que este seria o seu inimigo que estava constantemente em guerra com ele."
"Acho que ninguém esperava por isso." Demi sorriu sabiamente para Joe.
Ele sorriu de volta com uma piscadela. "Especialmente nós."
"Eu realmente achei que você me odiava."
"Assim como eu, mas agora acho que deveria ter alguma coisa lá no fundo adormecida. Realmente adormecida." Demi riu.
"Faz todo o sentido." Pam acrescentou com um aceno de cabeça.
"Concordo. Acho que isto deve ser o verdadeiro amor se formando a partir de um ódio tão forte. O ódio de vocês fez apreciarem seu amor de forma diferente." Disse Natalie e todo mundo olhou para ela. "Sei que essa afirmação não faz sentido sob qualquer outra circunstância, mas para esta situação, ele se encaixa perfeitamente."
Depois de pensar um pouco, todos na mesa balançaram a cabeça concordando.
Dianna sorriu afetuosamente. "Às vezes acho que você é uma gênia Nataliey."
"Enfática em algumas vezes." Pam adicionou enquanto tomava um gole de vinho.
Joe agarrou a mão de Demi debaixo da mesa e ela deitou a cabeça no ombro dele em resposta.
"Bem, a comida estava incrível mãe, você deveria ter sido uma chef." Demi disse empurrando o prato para o lado.
Dianna bateu seus cílios. "Obrigada minha querida filha."
"Você sabe que ela encomendou do restaurante da rua." Pam sorriu.
"Sabia que era familiar." Demi admitiu com um aceno de cabeça.
"Eu estava me preparando para contar isso, sua rata." Dianna murmurou à sua irmã mais nova.
Pam revirou os olhos. "Sim, sei."
"Está tudo certo com o sótão?" Demi perguntou a sua mãe.
Dianna sorriu. "Com certeza querida, abastecido com seus favoritos."
"E uma garrafa de vinho." Natalie acrescentou com uma piscadela.
"Venha comigo." Demi agarrou a mão de Joe. "Quero te mostrar uma coisa."
"Se você precisar de qualquer outra coisa querida, é só me chamar!" Dianna disse enquanto se dirigiam para a porta.
"Com certeza." Demi sorriu largamente antes de animadamente sair da sala.
"Para onde estamos indo?" Joe perguntou enquanto subiam as escadas.
Ela sorriu com aquele brilho nos olhos. "Você vai ver."
Ele não se importava para onde estava indo, seguiria esta mulher para qualquer lugar. As ruas sujas da cidade se transformavam em ouro, quando ela estava por perto.
Eles correram para o quarto e trancaram a porta. Ela riu e beijou-o enquanto freneticamente começou a se despir.
Sentindo sua excitação, ele arrancou sua camisa e, em seguida, seus sapatos. Tinha acabado de tirar sua calça quando ela tirou o sutiã e ele esqueceu a cueca no momento em que viu seus seios. Abandonou tudo e se inclinou para beijar seu pescoço enquanto ela tirava a calcinha.
Demi deslizou a mão em sua cueca para pegar sua grossa ereção. Lentamente, deslizou a mão até a ponta e depois de volta para baixo enquanto ele beijava o bico de seu seio.
Ela tirou a mão da cueca e tentou se afastar. "Espere."
"Não." Ele respirou contra seu seio enquanto agarrava seus quadris e a puxava para mais perto. Ele afundou os dedos em sua pele quando tomou o mamilo em sua boca.
"Quero te mostrar uma coisa primeiro." Ela sussurrou quando deslizou sua mão sobre sua bochecha.
Ele se afastou e soltou sua bunda. "Então é melhor você se apressar."
"Ok." Ronronou quando agarrou sua mão e correu para seu closet. Uma vez lá dentro, ela levou-o para uma porta que estava escondida atrás de uma grande tapeçaria. Abriu a porta e acendeu a luz para revelar um conjunto de escadas.
"O que é isso?"
"Você vai ver." Sua alegria era tão cativante, ele estava com um largo sorriso em troca.
Quando chegaram ao topo da escada, abriu a porta e acendeu a luz, o quarto iluminando instantaneamente. O sótão foi reformado e parecia uma tenda de circo grande. No meio havia um carrossel vermelho, rosa, branco, preto e prata. Ao lado estava uma grande estação neon de tiro com arco que mais parecia um jogo. Do outro lado estava um stand com uma grande variedade de salgadinhos.
"Não venho aqui há anos, mas disse à minha mãe para arrumar para nós. O piso está reforçado e é à prova de som enquanto a porta está fechada." Ela apontou para a porta fechada.
"Isso é incrível, não posso acreditar que você tem um carrossel em seu sótão."
"Eu ficava no meu quarto a maior parte do tempo, então minha mãe tentou compensar." Ela o levou até as escadas. "Acho que ela se sentia mal. E achava que isso ajudaria."
"E ajudou?" Perguntou enquanto olhava para o país das maravilhas neon.
"Por pouco tempo."
"Gostaria de ter conhecido você então." Ele disse sorrindo. "Entraria pela janela e te levaria para longe todas as noites."
"Teria adorado isso."
"Eu também. Estava passando por meu próprio inferno e poderia ter usado uma dose de você naquela época."
"Eu teria feito melhor." Ela colocou as mãos no rosto, ficou na ponta dos pés e beijou-o.
"Você sempre faz." Ele a pegou e continuou seu beijo.
"Vamos montar o carrossel." Disse ela quando terminaram o beijo.
Ele ergueu-a sobre o cavalo branco com a crina vermelha. Pulou na frente dela, agradecido pelo cavalo ser tão grande. Eles estavam de frente um para o outro e se beijaram por um tempo. Demi estendeu a mão para sua cueca e retirou seu pênis. Agarrou a barra atrás dela e levantou o suficiente para ele posicionar seu pênis. Ele abriu os lábios de sua boceta enquanto deslizava em seu pênis.
Ela gemeu quando seu pau entrou. Pegou a barra com uma mão enquanto levantava sua bunda com a outra. Apoiando-se com suas poderosas coxas, ele começou a empurrar dentro dela. Demi segurou a barra com as duas mãos enquanto saltava em seu colo. Era como se um pedaço de ferro vibrante com uma cobertura macia, estivesse sendo empurrado para dentro e fora dela. Usando a barra, ela se levantou, sentindo seu pau grosso alongar seu sexo até que chegou a ponta. Ainda segurando a barra, se empurrou de volta para ele. Gritou enquanto sentia a entrada de cada centímetro do seu pau dentro dela. Abriu mais as pernas, permitindo-lhe muito mais.
Segurando a bunda dela, ele deslizou a mão entre suas bochechas. Seu dedo imediatamente encontrou seu clitóris inchado e começou a estimulá-lo.
Ela estava gozando dentro de segundos e Joe segurou-a firmemente enquanto ela gozava. Seu pênis respondeu em sintonia e gozou dentro dela. Estava usando todos os músculos do seu corpo para mantê-los em cima do cavalo, pois ambos estavam moles.
Ficaram ainda por alguns momentos enquanto seus corpos se acalmavam.
Quando conseguiu mover suas pernas, segurou Demi com força e começou a descer. Passou a perna em volta e pulou do cavalo. Ele a levou para o enorme sofá listrado de vermelho e branco, puxando-a para cima dele.
"Eu poderia ficar assim para sempre." Ela sussurrou enquanto beijava seu peito.
"Eu também." Passou o outro braço em volta dela e abraçou-a. A batida de seu coração vibrou contra o peito dele e trouxe a paz.
"Acho que eu seria uma mãe terrível." Demi anunciou inesperadamente.
"De onde veio isso?" Perguntou Joe chocado com a declaração.
"Sou uma pessoa tão ruim, muito auto motivada e tão focada na minha carreira. Meu filho provavelmente me odiaria."
"O que você está falando? Daria uma ótima mãe."
"Não, não daria, você sabe tão bem quanto eu. Minha mãe e eu nunca nos entendíamos. Apesar da coisa toda de bordel, ela é realmente muito doce. Nunca me dei bem com ninguém, como poderia me entender com uma criança?"
"Você e sua mãe se dão bem agora." Ele lembrou.
"Sim, agora, mas foi ruim enquanto eu crescia. Oh Deus, e se meu filho for como eu?" Ela olhou horrorizada.
"Eu ficaria honrado se nosso filho fosse como você." Ele acariciou sua bochecha. "Você é linda, tão inteligente e uma das melhores advogadas que já conheci. Sei que protegeria seu filho com sua própria vida e lhe daria mais amor do que ele pudesse suportar."
"Você acha?" Ela perguntou com esperança em seus olhos.
"Sei que sim. De onde veio toda essa conversa sobre bebê? É por causa do filho de sua amiga?"
"Não sei de onde veio." Respondeu com sinceridade. Nesta mesma época, no ano passado, ela era virgem e nunca teve um namorado. Agora, não conseguia parar de pensar em crianças.
"Espere um minuto. Você está grávida? Quando foi sua última menstruação?" Ele perguntou.
"Não estou grávida! Posso falar sobre filhos sem ser acusada de estar grávida? O que há com você e minha mãe?" Ela estourou quando tentou afastar-se dele.
"Volte aqui." Ele exigiu e a puxou de volta. "Quando foi sua última menstruação?"
"Algumas semanas atrás. Lembra você não aceitou um não como resposta, então transamos no chuveiro?" Lembrou-o.
"Eu me lembro". Olhou para ela por um tempo, mil pensamentos diferentes passando por sua cabeça. Ficou aliviado que ela não estivesse grávida, mas percebeu que eventualmente, ficaria. "Vamos escolher a data do casamento."
"Que tal no próximo mês?"
"Antes, nós já esperamos muito tempo."
"Antes quanto?"
"No próximo fim de semana."
"Não! De jeito nenhum que vou conseguir planejar um casamento em uma semana."
"Você não tem escolha, querida. Pode não estar grávida agora, mas do jeito que transamos, estará em breve. Não vou arriscar, por isso faremos isso imediatamente. Além disso, estou farto de ouvi-la ser chamada de Srta. Lovato. Quero que todos a chamem de Sra. Joseph Jonas."
"Se eu não conseguir pelo menos um mês para planejar o meu casamento, haverá o inferno na terra, Sr. Jonas." Alertou-o em um tom que o fez sorrir.
Ele viu pela sua firmeza de aço que ela não cederia.
"Você tem um mês." Ele balançou a cabeça.
"Isso foi fácil, esperava pelo menos trinta minutos de discussão." Disse com um sorriso.
"Quero que seja um dia especial para você. Se precisa de trinta dias para planejar, então que assim seja. Esta é a primeira e última vez que vai se casar, por isso é melhor fazer direito."
Ela sorriu e beijou seus lábios. "Exatamente."
Acordaram cedo na manhã seguinte, os dois nus na tenda vermelha em seu sótão. Demi esparramou-se por todos os travesseiros quando se espreguiçou. Joe beijou seu peito e, em seguida, seus lábios, antes de se sentar.
"Precisamos ir para casa e nos trocar." Ela bocejou enquanto seguiu seu exemplo.
"É cedo, vamos depois do café da manhã. Preciso reabastecer o meu corpo, na verdade estou esgotado." Admitiu.
"Não posso acreditar. Joseph Jonas esgotado pelo sexo." Ela riu enquanto começava a se vestir.
Demi e Joe caminhavam de mãos dadas quando entraram no edifício e quando estavam perto do escritório dela, ele a puxou para seus braços.
"Vou ver o que meu pai quer, já volto." Joe disse a Demi depois de beijá-la.
Relutantemente deixou-o ir. "Tudo bem."
Viu-o entrar em seu escritório antes de ir para o seu. Demi engasgou quando entrou e sorriu ao ver o buquê de rosas sobre a mesa. Sentia-se boba como uma garotinha quando saltitou até elas. Perguntou-se como Joe tinha conseguido isso. Ele era muito habilidoso, não havia saído de seu lado desde a noite passada. Tocou as pétalas macias e inalou a fragrância poderosa. Pegou o cartão e seu sorriso desmoronou.
Querida Srta. Lovato,
Por favor, aceite como um símbolo da minha gratidão. Você é uma advogada brilhante e estou contente por contar com a sua ajuda. Não posso agradecer o suficiente pela sua colaboração com a situação da Sra. Lawrence. Não poderia fazer isso sem você. Obrigado!
Atenciosamente,
Clive
Estava pronta para queimar o cartão e despetalar as flores quando Joe entrou. Virou-se de costas para o buquê, tentando escondê-lo.
"O que você está escondendo?"
"Nada." Ela balançou a cabeça, a cara de paisagem em pleno vigor.
"O que há atrás de você?" Ele inclinou a cabeça para o lado e ela ajustou seu corpo, seus olhos nunca deixando os dele.
"Minha mesa." Ela encolheu os ombros.
"Saia da frente." Ele andou até o lado dela e ela agarrou o buquê, afastando-se com ele. "Dê-me isso."
"O quê?"
Andou de novo e rosnou quando viu as flores. Agarrou-as e colocou diante de seu rosto.
"Você ia esconder isso de mim?" Perguntou, mais com decepção do que raiva.
"E... eu ia jogar fora." Ela encolheu os ombros.
"Não acha que isso significa algo também?"
"Eu ia te dizer, ia esperar sairmos do trabalho."
"Por quê?"
"Estava com medo que fizesse alguma coisa a ele."
"Você não quer que eu machuque Clive?" Ele ergueu a sobrancelha, interpretando mal suas palavras.
"Não me importo com o que faça com ele. Só não quero que você fique em apuros. Sei que você vai acabar machucando-o, não quero que tenha que enfrentar seu pai por causa de uma briga no trabalho."
"Fique aqui." Joe olhou em seus olhos por um momento, antes de sair de seu escritório com o buquê na mão.
Joe estourou pelos corredores até o escritório de Baker. Não esperou pela secretária de Clive anunciá-lo, invadiu o escritório de Clive segurando o buquê como uma arma.
"Sr. Jonas, algum problema?" Clive perguntou, mal contendo o sorriso. "Asseguro que as flores eram apenas um gesto de agradecimento."
"Você está começando a me irritar um pouco." Joe disse quando jogou a água e as flores em sua mesa.
"Merda!" Clive amaldiçoou, tentando salvar sua papelada.
"Se continuar me provocando Baker, vai se arrepender. Este é o seu último aviso verbal." Olhou para Clive desafiando-o a responder. Clive sorriu como se soubesse um segredo sobre Joe.
"Não se preocupe Joe, nunca iria tentar tirá-la de você." Ele pegou seu espelho e arrumou seu topete.
Joe riu da ignorância de Clive. "Você nunca poderia tirá-la de mim."
"No entanto, se ela vier para mim de bom grado, como poderia recusar?" Ele colocou o espelho na mesa e olhou para Joe.
Sem pensar, Joe estendeu a mão sobre a mesa e agarrou Clive pelo colarinho.
"O que você vai fazer Joe? Vai brigar comigo no escritório do seu pai?" Ele riu.
"Não, vou fazer você engolir seus dentes." A voz de Joe era baixa, apesar do seu tom de rosnado.
"Não brigo fisicamente, especialmente no trabalho." Disse Clive, ele era muito elegante para parecer irritado.
"Você será forçado."
"Prefiro não desrespeitar meu lugar de trabalho ou meu chefe. Além disso, conheço uma maneira de retaliar. Vai doer mais do que um soco."
"Isso nunca vai funcionar."
"Sempre funciona." Disse Clive com confiança.
"Ela nunca se apaixonaria por essa merda." Joe sorriu ironicamente, "Você com certeza não a conhece."
"Conheço o suficiente."
Com aquele sorriso e o ridículo topete em seu cabelo, Joe não aguentou mais. Pegou a tesoura da mesa, levantou e cortou o cacho pendurado na testa de Clive. Fez isso tão rápido que Clive não teve tempo de reagir.
"Fique longe dela, ou não será a última coisa que eu corto." Joe chiou e deixou o escritório antes que fizesse algo muito ruim.
Bem, algo pior.
Lágrimas brotaram nos olhos de Clive quando caiu de joelhos. Começou a hiperventilar enquanto pegava seu cabelo cortado. Joe se arrependeria disso. Agora, o jogo começou.
Joe foi direto para o escritório de seu pai e invadiu o local sem ser anunciado. Sentou-se na cadeira em frente a sua mesa.
"Só quebrei um vaso de flores sobre a mesa de Baker."
Paul abaixou sua caneta e recostou-se. "Por quê?"
"Ele tem o mau hábito de comprar coisas para Demi. Com o pretexto de agradecer, só isso. Ele está me irritando."
"Entendo."
"Também cortei um pedaço de seu cabelo."
"Você cortou seu cabelo? Isso é incomum." Paul assentiu enquanto tentava conter o sorriso.
"E irracional, mas não conseguia pensar em mais nada para fazer com sua tesoura. Precisamos acabar com esse negócio entre Demi e Baker. Não sei como controlar o que estou sentindo ainda, essa merda é muito nova e muito crua. Não aguentarei muito mais. Acho que estou começando a ficar louco." Joe estava tendo dificuldade em explicar, mas Paul entendia.
"Vou fazer o que puder para acelerar isso." Paul percebeu a gravidade da situação, podia ver que seu filho estava sofrendo. Joe não estava acostumado a ser ciumento, com todas essas novidades, ele estava no limite.
"Obrigado." Disse Joe antes de se levantar e sair do escritório.
Depois do trabalho, Clive foi direto para o seu lugar favorito no mundo: seu cabeleireiro.
"O que você fez com seu cabelo?" Juan, cabeleireiro de Clive, gritou colocando a mão em seu quadril.
"Um babaca que trabalha comigo, pensa que estou dando em cima de sua namorada."
"Bem, você está?"
"Claro que sim, a garota é maravilhosa."
"Maravilhosa é uma palavra forte." Juan ronronou quando avaliou o cabelo de Clive.
"Quando comecei a trabalhar lá, tudo o que ouvi, foram histórias horríveis sobre ela, cheguei a escutar algumas secretárias a chamarem de puta. Seu apelido entre elas é Srta. Diabo. Não vi esse seu lado ainda. Ela não parece ser uma cadela, é apenas indiferente. É como se não estivesse lá. Tento conversar com ela, mas não está nem um pouco interessada em qualquer coisa que tenho a dizer. Não mostra nenhuma emoção, é quase como se usasse uma máscara. O que a deixa mais interessante."
"Então, basicamente, é a caça novamente. Você sempre gostou das que não correm atrás de você."
"Ela definitivamente não corre atrás de mim, não corre atrás de ninguém."
"Bem, estou feliz que ela seja incrível e espero que valha a pena." Juan disse mascando chiclete. "Tenho que dizer agora: você não vai gostar do seu cabelo quando eu terminar."
"Eu sei." Clive franziu a testa. Era obsessivo quando se tratava de seu cabelo, sempre manteve o mesmo comprimento e o mesmo tom. Prestava muita atenção aos cachos desgrenhados na testa. Cada um deles tinha um local designado. Agora, com um faltando, Clive estava furioso.
"Como você está segurando a raiva? Lembro quando meu assistente acidentalmente escureceu muito seu cabelo e você surtou com ele." Soprou uma pequena bola de chiclete, que foi revestida com seu brilho labial. "Você acabou com ele, tinha certeza de que ia matá-lo."
"Oh, acredite em mim, estou com raiva, mas Joe é um idiota e eu sei como lidar com esse tipo. Vou atingi-lo onde dói mais."
"Vai acertá-lo nas bolas? Pensei que tivesse dito que se recusava a brigar por medo de danificar o seu rosto perfeito? Não se esqueça do quanto você gastou nesse implante de queixo."
"Não vou lutar com ele." Clive estalou.
"Você vai roubar sua garota, não é?" O cabeleireiro sorriu amplamente, ainda mascando seu chiclete turquesa brilhante.
"Pode ter certeza, tenho total intenção de transar com ela tão rapidamente e largá-la. O que irá ferir Sr. Joseph Jonas mais do que qualquer soco. Agora faça o melhor que puder, preciso estar com minha melhor aparência, enquanto estou seduzindo minha colega advogada. Nós teremos outra reunião amanhã."

1 Prom Night – Brasil: A Morte Convida Para Dançar: é um filme de terror onde um assassino mascarado persegue quatro adolescentes em seu baile de formatura para vingar a morte acidental de uma criança seis anos atrás.


*****


Minhas flores, mil desculpas pela demora, a correria tava demais essa semana e eu realmente esqueci. o.o
Amanhã posto mais, beijooos

5 comentários:

  1. Será que ele vai conseguir pegar a Demi? Acho que antes disso o Joseph mata ele ein.... adoraria Demi grávida, mas tem tanta gente ruim cercando ela que da medo.... Joseph é meu herói kkkkkkkkk

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  2. Clive Baker você é um bostinha!! Tá me irritando mais que a Lila.
    Eu estava esperando ansiosa para que o joseph desse uma surra nele. Ele não vai conseguir ficar com a Demi porque antes disso o Joseph lindo vai acabar com ele.
    Não vejo a hora do casamento do Joe e da Demi. Eu adoraria que a Demi ficasse grávida, ela ficaria linda!! E o Joseph ficaria mais possessivo ainda.
    Continua...
    Beijo♥

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  3. Concordo com tudo que as meninas comentaram..... morro de.vontade de ver o casamento, de ver a Demi gravida, mas também morro de vontade de matar o gavin, a lila, a juliette e o clive. Bem que eles podiam formar casais entre eles e deixar a Demi e o Joe em Paz. Se o Joe continuar sobre pressão como esta a Demi vai ficar viúva antes da hora tadinha. Continua ......

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  4. Completamente viciada!!!! Posta logo mulher.

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  5. Eu vou depenar o clive se ele ousar separar eles. Mas a minha preocupação maior continua sendo o gavin, principalmente se ele se aliar a alguém como lila ou a mãe do joe por exemplo. Essa história é viciante. Posta mais flor...
    Carla (:

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