20.10.14

Capítulo Vinte e Sete






                         Uma série de mensagens

Demi e Joe beberam três jarros de bebidas mistas antes de fazer amor e desmaiar. No meio da noite, enviaram uma mensagem de texto para o telefone dele e alguns minutos depois ele começou a tocar. Após o sétimo toque fez um movimento pra pegar, mas Demi o segurou firme.
"Ignore-o." Ela murmurou, com a cabeça em seu peito. Estava cansada demais para se mover. Depois de mais cinco toques, Joe se levantou para atender, mas o interlocutor tinha desligado. Ele viu o número de seu pai e tentou chamá-lo de volta, mas não atendeu. O telefone de Joe sinalizou que tinha uma nova mensagem de texto e ele franziu a testa ao ler.
Eu preciso vê-lo imediatamente, me encontre no trabalho o mais rápido possível! Papai.
"Quem é?" Perguntou Demi, sentando-se encostada na cabeceira da cama.
"Meu pai, ele quer que eu o encontre no trabalho. É uma emergência." Tentou ligar de novo para seu pai. "Ele ainda não está atendendo."
"Espero que esteja tudo bem."
"Tenho certeza que está, mas preciso ir checar." Ele sentou-se e a beijou no rosto. Ele levou um momento para apreciá-la silenciosamente e gemeu de satisfação, bem como de decepção por ter que deixá-la. Ele não estava pronto para deixá-la ainda. Se não tivesse desmaiado por causa das bebidas, ainda estaria dentro dela.
"Tem certeza que você está bem para dirigir?"
“Sim, dormi mais do que precisava.” Ele deslizou a mão pelo peito. “Estarei de volta logo. Não se mova e não se vista. Quero você deste jeito quando voltar.” Ele beijou os bicos dos dois seios antes de beijar sua boca uma vez mais.
"Talvez.” Ela sorriu, antes dele beijá-la de novo. “Agora vá rápido para voltar logo." Fez beicinho.
"Tudo bem." Ele a beijou uma última vez antes de se virar e correr para fora do quarto.
A Sra. Duffy, vizinha de Demi, estava do lado de fora olhando para o seu amado gato Humphrey. Ele era um gato malandro, que aos 13 anos de idade, ainda se comportava como se fosse um filhotinho e a Sra. Duffy o amava por isso apesar dele fugir à noite para encontrar-se com o gato meio siamês na rua. Isso estava começando a enervá-la e se ele não fosse tão velho, iria prendê-lo. Estava olhando sua roseira com seu gato quando ouviu um carro ligar. Ela então se virou para ver quando o carro acelerou pela calçada derrubando a lata de lixo que estava no meio.
"Devagar Hooligan!" balançou a cabeça, perguntando-se por que infernos Demi tinha sua lata de lixo no meio do caminho. Teria que falar com ela sobre isso, bem como lembrá-la sobre o excesso de velocidade de seu convidado. A Sra. Duffy vivia com medo de que um dia um motorista apressado atingisse seu amado gato.
Demi tinha se deitado imediatamente pra dormir após Joe sair e estava apenas entrando em um profundo cochilo quando de repente acordou. Não tinha certeza do que a tinha acordado ou mesmo do que pensava ter ouvido. Ficou deitada em silêncio por um momento, tentando escutar o som desconhecido que poderia ou não ter ouvido. Seu cérebro podre não poderia decifrar o que estava sentindo, mas algo parecia errado. Tentou tranquilizar-se que a razão que estivesse tão nervosa fosse, provavelmente, por causa do telefonema incomum de Paul. Mas estava tendo problemas em se convencer disso. Depois de mais alguns minutos de escuta, começou a cochilar novamente, quando ouviu o som de seu telefone zumbindo. Supondo que fosse Joe agarrou telefone e abriu a mensagem.
Era uma foto dela dormindo na cama e ela balançou a cabeça, já irritada de que Joe tivesse tirado uma foto tão ruim dela. Depois de um momento, recebeu outra mensagem e abriu para encontrar imagens ao vivo da frente de sua casa. A câmara rapidamente deu um zoom na caixa de segurança e viu quando uma mão negra enluvada começou a socar o código de segurança para desbloquear as portas.
"Que inferno, Joe?” Ela perguntou em voz alta, ainda grogue de sono e um pouco embriagada. Sentou-se para tentar focar seu cérebro confuso. Continuou a olhar o telefone para ver a câmera subindo as escadas e indo em direção ao quarto. A porta do quarto se abriu para revelar um ambiente calmo, antes de ir para o banheiro. Em seguida, a mensagem acabou.
Demi sentiu um frio estranho rastejar por ela quando olhou para a porta do banheiro. Sem ter certeza do que estava acontecendo e não querendo correr nenhum risco, cuidadosamente manobrou seu braço sob o seu cobertor grosso para sua mesa de cabeceira. Então, abriu a gaveta apenas o suficiente para deslizar sua mão e pegar sua arma com cabo de pérola. Seus batimentos cardíacos começaram a acelerar no peito quando percebeu que a gaveta estava vazia. Sua arma não estava lá.
De repente, ela recebeu outra mensagem e com as mãos trêmulas a abriu. Desta vez, a câmera foi focada na gaveta aberta do criado-mudo. Ela observou a mesma mão com as luvas pretas estender e pegar a arma antes de voltar para o banheiro. Esquadrinhou o quarto escuro antes de focar a visão na porta do banheiro e segurou seu suspiro quando viu a sombra em movimento entre a fenda da porta e o chão.
Sentiu uma onda de medo lavar através dela quando ouviu o familiar som do clique da porta romper do banheiro quando girava. Tão rápido quanto podia, pulou para fora da cama e correu para a porta do quarto. Sentiu seu coração no estômago quando ouviu a porta do banheiro abrir atrás dela. Recusando-se a olhar para trás, se jogou através da porta do quarto apenas para tropeçar no fio fino que estava ligado à parte inferior da moldura da porta. Caiu com força, mas imediatamente tentou se levantar, antes que sentisse que estava sendo empurrada de volta para o chão. Lutou tão forte quanto podia, tentando balançar seus braços para trás para acertar seu agressor quando sentiu a forte picada de uma agulha entrar no lado de seu pescoço. Sabia que não podia lutar, isto faria com que o que tivesse sido injetado agisse mais rápido. Tentou virar-se, pronta para desferir um ataque com força total quando sentiu as pálpebras superiores sendo magneticamente atraídas para as pálpebras inferiores.
Joe aguardou o guarda de segurança deixá-lo entrar e em seguida subiu para o escritório. O andar inteiro estava escuro, não havia uma única luz até mesmo para guiar o caminho. Desceu o corredor escuro até chegar à cafeteria então deslizou para dentro e acendeu as luzes. O brilho das luzes florescentes iluminou o salão até o escritório de seu pai. Joe caminhou pelo corredor até encontrar a porta do escritório de seu pai trancada. Bateu por um momento chamando seu pai, mas ninguém respondeu. Um inquieto sentimento tomou conta de Joe quando olhou ao redor do escritório deserto e embora não houvesse ameaça óbvia, saiu abruptamente.
No momento em que estava de volta em seu carro, tentou ligar para seu pai de novo e quando ele ainda não atendeu, Joe decidiu apenas dirigir até a casa de Paul. Tentou ligar para Demi para avisá-la que demoraria um pouco mais do que esperava e ficou irritado quando ela não atendeu. Ela tinha bebido um pouco de margueritas e estava quase dormindo quando saiu, então sabia que as chances dela atender ao telefone eram escassas. Xingou baixinho e repetidamente discou ambos números até chegar à casa de seu pai. Joe bateu na porta da frente muito tempo, até o mordomo do pai finalmente abrir.
"Onde está meu pai, Brewster?" perguntou entrando na casa.
"Acredito que ainda esteja dormindo. Ele foi para a cama realmente mais cedo hoje. Disse que sua cabeça estava pulsando." Brewster terminou enquanto caminhava na direção oposta, sabendo que Joe poderia ver por si mesmo. Joe correu para o quarto dos pais e bateu na porta. Depois de alguns momentos, seu pai abriu a porta com um olhar assassino em seu rosto.
"Joe?" latiu, olhando para seu filho em perplexidade. "O que você está fazendo? São três horas da manhã!"
"Você me enviou uma mensagem de texto!" Joe respondeu retirando seu celular.
"Eu não te enviei nenhuma mensagem." Paul olhou para ele em confusão.
"Tenho uma mensagem de seu telefone me dizendo para encontrá-lo no escritório, que era uma emergência."
"Não enviei essa mensagem de texto. Meu celular descarregou logo cedo e não consegui usá-lo desde então.”
"Como assim, ele descarregou?"
“Ele simplesmente desligou."
"Então, quem foi o filho da puta que enviou a mensagem?" Abruptamente parou de falar e acelerou pelo corredor até a sala de estar. Pegou o telefone de bronze da mesa de mogno com Paul no seu encalço.
"O que diabos está acontecendo?" Ele perguntou, percebendo que algo não estava certo.
"Não sei ainda, pode não ser nada." Respondeu, enquanto esperava Demi atender ao telefone. "Atenda, sou eu!" falou em sua secretária eletrônica. "Demi?" esperou um momento antes de colocar o telefone de volta no gancho.
“Onde está Demi?" Paul perguntou com preocupação imediata.
"Não sei. Recebi a mensagem falsa de alguém se passando por você quando estava com ela. Então, quando saí para encontrá-lo, você não estava onde me disse que estaria. Durante esse tempo todo, ela não atendeu ao telefone." Tentou juntar as peças. Então ele e seu pai se olharam de forma estranha. Caminhou até o armário do corredor em frente ao quarto do pai e o abriu para revelar uma extensa coleção de armas.
"Pegue a de 35 milímetros. Está carregada." Paul disse, assim que seu filho abriu o armário de armas.
"Provavelmente não é nada. Mas, por que arriscar?" Joe verificou se que a trava de segurança estava no lugar antes de deslizar a arma no cós da calça. Em seguida, começou a descer o corredor, em direção às escadas. "Tenho que ir. Fique ao lado do telefone."
"Vou continuar tentando entrar em contato com Devonne e te ligo se conseguir." Gritou para Joe quando chegou ao final das escadas.
Joe manobrou para entrada da casa de Demi, percebendo que a lata de lixo havia sido colocada em seu legítimo lugar. Os pneus cantaram quando parou abruptamente. Puxou sua arma antes de sair do carro, mantendo-a escondida ao lado de seu corpo quando correu para a casa. A porta da frente tinha uma fresta aberta e olhou para dentro para ver se tudo estava exatamente da forma que estava quando saiu. Discretamente esgueirou-se para o seu quarto, andando com cuidado pelo corredor. Abriu a porta quase tropeçando no fio que tinha sido enfiado através da parte inferior da moldura da porta. Parou na porta olhando para o quarto, suas colchas estavam a meio caminho no chão, a gaveta do criado-mudo estava aberta e havia algumas gotas de sangue sobre o felpudo tapete branco ao lado da porta. A porta do banheiro estava aberta e podia ver claramente pedaços de terra no chão de azulejos xadrez preto e branco. Pegou seu celular e imediatamente ligou para a polícia.
O sequestrador de Demi prendeu-a no porta-malas de um carro antes de esgueirar de volta para a casa dela, se escondendo nas sombras e esperando por Joe. Uma vez que Joe estava dentro da casa, a escura figura sombria se arrastou até o carro de Joe e então despejou um frasco pequeno do sangue de Demi no chão do banco de trás. À direita do sangue, a negra mão enluvada depositou um pequeno pedaço de fita adesiva prata com alguns fios de cabelo de Demi e um fio de cabelo do pente no armário do trabalho de Joe.
Joe ficou do lado de fora da porta da frente, esperando a polícia. Quando chegaram, Joe ficou feliz ao ver que era um oficial que Joe tinha ajudado mais de uma vez no passado.
"Jonas." Disse e eles apertaram as mãos. "O que posso te ajudar nesta noite?"
"Minha..." fez uma pausa, pensando no termo correto para explicar a relação deles. "colega de trabalho está sumida. Acabei de voltar e encontrei coisas quebradas, algumas pequenas gotas de sangue no chão e ela desapareceu.”
"Você visita sua colega de trabalho no meio da noite agora, Jonas?" Brincou com um sorriso de conhecimento. Todos sabiam que Joe era um dos maiores mulherengos no Estado. Por isso, se ele ia visitar uma colega de trabalho no meio da noite, era seguro dizer que não tinha nada a fazer relacionado a trabalho. O olhar no rosto de Joe mostrou que ele não estava nem um pouco divertido.
"Qual foi o horário que você a viu pela última vez?" perguntou em um tom mais sério.
"Cerca de uma hora e meia atrás."
"Ela só está sumida há uma hora e meia?" O outro policial perguntou enquanto enrugava a testa.
"Eu estava voltando, ela sabia disso." Joe disse em um tom agressivo. "Não me importo se fosse apenas 30 minutos. Ela deveria estar aqui agora e não apenas gotas de sangue no chão."
"Você se importaria de me mostrar o sangue, Jonas?" Ele perguntou.
A misteriosa pequena casa estava alta no céu espesso da noite escura, parcialmente iluminada pelo brilho prata-listrado do fraco luar. Era uma noite excepcionalmente escura, mas não tão escura quanto os humores dos homens que habitavam a casa. Dentro, eles estavam sentados, espalhados entre o grande estúdio. O resto da casa estava escura e vazia.
Joe ficou sentado à noite toda, sua arma na mão e cercado por sua família. Seus três primos mais próximos, seu pai e seu tio. Ele se recusou a deixar a casa de Demi até que ela voltasse. Pouco depois das cinco horas da manhã, Fritz e seu filho Riley vieram ajudar.
Todos os homens estavam sentados, amontoados em torno da grande mesa de café redonda, repassando todos os pequenos detalhes enquanto aguardavam o turno do detetive Rogers começar. O detetive Rogers era um amigo muito próximo de Fritz e do primo Royce. Era conhecido por sua honra, bem como seu sigilo e era o único homem que confiavam para uma situação tão grave.
O detetive Rogers chegou às sete horas em ponto e como de costume, não perdeu tempo, indo direto ao assunto. Era detetive há mais de vinte anos e adorava o seu trabalho. Era viciado em caça, sempre pronto para perseguir
os vilãos evasivos ou criminosos destrutivos. Nasceu com o gene super detetive e sempre superou as expectativas que tinha estabelecido a si mesmo, no passado.
"Aproximadamente qual o horário você saiu da casa da Srta. Lovato?” Perguntou o detetive Rogers a Joe.
"Por volta de duas da manhã."
"E você não viu nada fora do comum em sua casa quando você estava saindo?"
"Não, mas bati na lata de lixo dela quando manobrei para fora. Ela estava no meio da calçada." Respondeu Joe.
"E você lembra se o lixo estava no meio da rua quando você chegou em sua casa?"
"Não."
"Não havia ninguém ao redor? Ninguém que poderia ter ouvido o barulho e saído para ver o que aconteceu?"
"A vizinha de Demi acendeu a luz, mas ela sempre acende a luz, mesmo se estivermos apenas estacionando."
"Mesmo no meio da noite?"
"Sempre. Demi diz que ela é intrometida, mas está sempre à procura de seu gato."
"Seu gato?"
"O nome dele é Humphrey e ele continua fugindo de sua casa."
"Quem é essa vizinha?"
"Sra. Duffy. Ela tem um metro e meio, 70 anos e é cabeça dura. Mas não é capaz de qualquer coisa como esta."
"E a companhia que ela tem? Um filho ou talvez um marido?"
"Demi disse que ela mora sozinha desde que seu marido morreu há cinco anos. Tem uma filha, mas elas não se dão bem e ela mora em outro estado."
"E a família de Demi?"
"Sua mãe deve estar aqui em breve. Você poderá falar com ela." Joe informou.
"E quanto a inimigos?"
"Meus ou de Demi? Nós dois temos muitos."
"Sério?"
"Há mulheres espalhados por todo o Estado que gostariam de ver meu pau cortado como um troféu em suas paredes. Demi, por outro lado, tem humilhado alguns dos principais advogados em nosso Estado e esmagado muitas almas em seu caminho até o topo."
Enquanto falava, uma grande limusine branca parou e os homens na sala assistiram quando uma chofer vestida com um minúsculo vestido branco saiu do banco do motorista, em seguida, caminhou até a porta de trás. Subitamente havia outra linda mulher vestida em um conjunto branco de duas peças e depois outra morena alta, em um biquíni branco gotejado de pérolas.
Em seguida, uma morena alta e bela, com cabelo liso longo negro como um corvo e vestindo o que parecia um top esticado como vestido. Os homens na sala assistiram através da grande janela quase uma dúzia de mulheres saírem da limusine.
Joe não conseguia parar o sorriso, sabendo exatamente o que era. Sabia que seu pai e Demi eram muito próximos, mas até onde sabia, mesmo seu pai não tinha ideia de quem era sua mãe e ninguém que conhecesse Demi poderia sequer suspeitar. Joe observou quando Pam saiu da limusine, a única com um olhar severo no rosto e vestindo um escuro terno carvão. Então, por último, mas certamente não menos importante, era Dianna, que estava vestida com um elaborado terno branco austero, uma pequena cartola adornada com grandes plumas brancas empoleiradas a frente da sua cabeça, seu cabelo escuro preto formado em grande estilo modelo anos 50. Seu longo, grosso, caro e falso casaco de vison arrastou por trás dela enquanto caminhava majestosa como uma rainha.
"Conheço aquela mulher." Seu primo Júlio disse com um sorriso.
"Eu também." Disse Royce.
"Mais da metade dos homens neste Estado conhecem aquelas mulheres." Jameson disse com um sorriso malicioso.
"Essa mulher é minha fada madrinha." Seu primo Royce brincou. "Ela sozinha teria concedido todos os meus desejos."
"Quero dizer, é sempre bom ver a Madame, mas por que ela está aqui?" Perguntou Julius.
"Vamos lá, você sabe que a Madame tem o ouvido para a terra, sempre sabe o que está acontecendo nesta área. " Disse Royce.
"Ela provavelmente conhece alguém que sabe alguma coisa." Jameson sorriu.
Joe os ignorou, optando por não esclarecer a presença repentina de Madame Dianna, eles iriam descobrir em breve.
Alice ficou ao lado da limusine de Jonas, esperando, caso precisasse ir a algum lugar. Estava preocupada com Demi e queria oferecer qualquer ajuda que pudesse. Ficou dividida quando viu a limusine parar e automaticamente sabia quem era. Uma grande e branca limusine e um bando de mulheres bonitas não poderia ser outra senão Madame Dianna. Mas o que estava fazendo aqui? Joe tinha solicitado sua ajuda para encontrar Demi? Será que ela sabe alguma coisa? Alice rezou para que soubesse.
"Madame Dianna!" Alice correu para abraçar a mulher que a tinha ajudado quando realmente mais precisou. Alice tinha estado em um relacionamento horrível, havia sido espancada cruelmente por seu ex-marido e saiu sem um tostão. Não tinha nada em seu nome e ninguém ao seu lado. Tinha finalmente quebrado. Cansada demais para continuar lutando para sobreviver, tomou a decisão vital de ir para o bordel.
Madame Dianna soube nos primeiros dez minutos que a menina com a aura de depressão tinha chegado ao desespero e ainda estava cheia de medo e hesitação.
Dianna decidiu oferecer-lhe um trabalho que nunca iria invocar o medo. Notando o amor de Alice por carros e sua capacidade para consertar qualquer veículo móvel, ofereceu a Alice seu primeiro trabalho como chofer e um bônus inicial. Também disse a Alice sobre seu potencial, pedindo a ela que seguisse seus sonhos. Uma vez que Dianna soube que Alice queria dirigir e consertar carros de corrida, imediatamente a inscreveu num curso de mecânica.
"Como tem passado? Eu senti sua falta!"
"Alice querida." Dianna disse com um sorriso caloroso, tendo sempre um lugar especial em seu coração para a menina inteligente com as incríveis habilidades para mecânica e maquiagem. "As coisas não estão bem agora."
"O que há de errado? Por favor, qualquer coisa que eu possa ajudá-la?" Disse com sinceridade.
"Gostaria que você pudesse querida, mas minha filha está...” colocou a mão em seu peito, sentindo o coração começar a acelerar com apenas o pensamento. "Devonne está desaparecida."
Pam caminhou até ficar ao lado delas.
"Oh, não!" Ela franziu a testa, nunca teve o prazer de conhecer Devonne. Mas, Dianna nunca parou de falar sobre ela todo o tempo em que trabalhou lá.
"Isso é uma louca coincidência, minha amiga, também está sumida. Ela é a namorada de Jonas."
"Demi é minha Devonne." Disse Dianna.
"Você está brincando comigo, você é mãe de Demi?"
"Sim." Respondeu.
"Precisamos ir falar com o detetive." Disse Pam.
"Vou te mostrar o caminho." Alice disse, pegando o braço de Dianna, mas ainda espantada com a notícia.
"Uma menina tão querida." Dianna assentiu com a cabeça antes de se virar e andar em direção à grande porta. Duas das lindas mulheres de branco abriram e seguraram a porta, enquanto Dianna entrava na casa grande.
As meninas circularam Dianna quando Alice avançou e bateu na porta do escritório e em seguida a abriu. Todos os homens na sala se levantaram quando a comitiva de mulheres seminuas entrou, cada uma tão bela quanto a última. As meninas, de repente se separaram e Dianna avançou, caminhando diretamente ao detetive Rogers.
"Detetive Rogers, estou aliviada de ver que você está no caso." Dianna disse assim que o detetive pegou a mão dela e deu um único beijo no topo.
"Prometo que vamos encontrar a sua filha." Ele assentiu a cabeça.
"Depressa, por favor." Ela piscou e em seguida virou-se para Paul, com um sorriso no rosto.
"Paul, meu caro amigo, é um prazer vê-lo.”
"O prazer é todo meu, como sempre." Paul levantou a mão e em seguida, beijou-a levemente.
"Quando ouvi sobre Devonne e Joe, fiquei chocada além de descrente.” Ela sussurrou. "Mas acho que é um bom jogo." Ela piscou, então se virou para Joe, mas ao invés de apertar sua mão, ela o puxou para um abraço rápido. "Nós vamos encontrá-la, Devonne é forte demais para ficar presa contra a vontade dela por muito tempo."
"Vou encontrá-la." Joe disse com uma convicção que deu Dianna um forte sentimento de esperança.
"Eu sei que você vai." Sentou-se no sofá e olhou para o detetive. As meninas seguravam uma grande garrafa de vinho caro, cada menina segurando uma taça enquanto derramavam nestas, entregando a primeira a Dianna e então distribuíram uma taça para cada homem na sala. Algumas meninas tinham trazido uma mesa dobrável prata e a montaram, enquanto algumas outras meninas colocaram vários tipos de croissants, donuts, tortas, minúsculos bolos e fatias de torta. "Agora detetive, vamos discutir como vamos encontrar minha única filha."
"Pai." Joe puxou o pai para o lado. “Você sabia que Madame Dianna era mãe de Demi?” Joe perguntou ao seu pai.
"É claro."
"Demi sabe que você sabe?"
“Claro que não. Dianna nunca permitiria isso. Ela estava com medo de que Devonne pensasse que dei a ela o cargo por causa de sua mãe."
"E você?"
"Devonne é um gênio, você sabe tão bem quanto eu que nunca iria contratá-la por causa de sua mãe. Fui sortudo o suficiente para ter essa conexão e a peguei antes que uma empresa competitiva colocasse suas mãos nela."
Joe ouviu quando seu pai explicou os vários pacotes anônimos enviados a ele no trabalho.
"Detetive, posso falar com você, por favor?" O policial perguntou e Rogers desculpou-se enquanto caminhava para o lado de fora. Os primos de Joe, Royce e Julius seguiram atrás dos oficiais.
"Veja." O oficial apontou para o sangue no interior bege do carro de Joe e o ponto de sangue na borda dourada da roda. Rogers deu uma boa olhada e em seguida, olhou para Royce.
"É definitivamente sangue." Disse.
"Então está definitivamente plantado." Royce informou.
"O que está plantado?" Joe perguntou quando caminhou em direção aos homens que cercavam o carro dele.
"O sangue no interior do seu carro." Seu primo Julius respondeu.
Naquele momento, Joe correu para seu carro, cheio de medo do que iria encontrar. Joe não se importava se o sangue fizesse dele o suspeito número um. Estava preocupado com Demi e quanto sangue ela tinha perdido ou quão machucada estava. Não sentiu alívio quando viu a pequena quantidade de sangue. Poderia se importar mesmo se não fosse o suficiente para encher um band-aid, não queria sequer um arranhão nela.
O detetive Rogers tinha sido um detetive por um tempo muito longo e era praticamente impossível alguém jogar areia em seus olhos. Viu a expressão de Joe mudar de puro terror apenas na menção do sangue de Demi. Era uma reação natural de um homem preocupado com a sua mulher e uma emoção que não pode ser falsificada. Tanto quanto o detetive Rogers estava na causa, Joe não era um suspeito sob quaisquer circunstâncias.


*****


Demi sumiu, Oh.
Se eu não me engano tem só mais três ou quatro capítulos..
Vocês comentaram e postei mais cedo. Continuem assim, beijos

8 comentários:

  1. Pelo amor de Deus posta logo ...... estou tendo um ataque cardíaco aqui..... tadinha da Demi!!!!!!

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  2. Gente esse perseguidor já foi longe demais, que agonia. Posta mais

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  3. Já não tenho mais as minhas unhas , ainda bem que o joe foi descartado como suspeito. Posta hj flor pfvrr
    Carla

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  4. Demi :( cada vez mais acho que o Gavin é o louco e filho do Paul.

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  5. Gente, babado!!!!!
    Meu, to interessante intrigada, quem é essa pessoa.....
    Meu, meu, MEEEEEU!!!!
    Vou te bater

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  6. Meu Deus sudygaihs isso fica cada vez melhor, também acho que o Gavin está por trás disso tudo.
    Posta logo dsihshoc beijo.

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  7. Gente amando !!!!!! Posta mais #ansiosa Joe ta super apaixonado pela Demi :)

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